O Piauí é o estado brasileiro com o maior número de municípios sem dependências bancárias. São 102, segundo dados do BC.
Apenas cinco estados brasileiros, segundo o Banco Central, não têm municípios desatendidos pelo sistema bancário: Rio de Janeiro, Amapá, Espírito Santo, Pernambuco e, apesar de todas as dificuldades geográficas, o Amazonas. Mas isso não significa que a toda a população desses estados tenha pleno acesso aos serviços bancários. Prova disso é o número crescente dos chamados correspondentes bancários por todo o país.
Na outra ponta, o Piauí é o estado brasileiro com o maior número de municípios sem dependências bancárias. São 102, segundo dados do BC. Em seguida, vêm Paraíba (67), Tocantins (57), Rio Grande do Norte (56) e Rio Grande do Sul (51). Em todo o Brasil, ainda há 478 cidades sem atendimento bancário.
Embora a decisão de abrir novas agências pelo país seja sempre dos próprios bancos, o BC tem uma política de estímulo para os municípios desassistidos. Segundo a autoridade monetária, a regulamentação em vigor estabelece que as instituições financeiras podem instalar até dez agências, observados os níveis mínimos de capitalização.
Para cada nova agência, é exigido um acréscimo de capital de 2% (nos estados do Rio e de São Paulo) e de 1% (nos demais). Mas para a instalação das agências pioneiras, as primeiras em praças sem bancos, não há a exigência de capital adicional. Segundo o BC, há cerca de 68 milhões de contas correntes em todo o país. O número de cadernetas de poupança é maior e fechou com pouco mais de 90 milhões em junho de 2009.
O chefe do do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Néri, diz que já se discute a inclusão financeira dos beneficiários do Bolsa Família. No fim do ano passado, Néri participou de seminário em Brasília para debater o tema:
– Está distante ainda, mas é uma bola que está sendo chutada.
Segundo Néri, 27% dos nordestinos têm dificuldade de chegar a uma agência. Mas a região supera o Sudeste no crédito aos pequenos.
Fonte: O Globo
