Dados atualizados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) confirmam que o Piauí, mesmo após anos a fio de governos estadual e federal, cujas promessas giravam em torno da busca de uma ‘porta de saída’ para os dependentes do Bolsa Família, não consegue deixar de depender do programa. E com um agravante a mais, a falta de ensino público de qualidade tende a agravar e perpetuar a situação do Estado.
Tomando como base o último Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, o estado conta com 3.145.325 de pessoas. E destas, 51% são beneficiadas pelo programa Bolsa Família, ou seja, 1.604.115 pessoas.
O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, idealizador do Bolsa Escola durante seu governo na capital do País (1995 – 1999), um era um benefício atrelado à freqüência escolar, elogiou a iniciativa do Bolsa Família, mas criticou a ausência de um “porta de saída’.
“A educação é a base de tudo. Se a escola que as crianças e os adolescentes contemplados freqüentam é ruim, não há porta de saída e de ascensão social. A escola é a porta de saída no futuro. Desta forma, não adianta muito oferecer cursos de pedreiro e marceneiro aos adultos, por exemplo, porque a família não deverá alcançar ascensão”, acredita.
Neste quesito, o Piauí é outro a ter péssimo desempenho. É o 19º no Brasil, à frente somente de Acre, Amapá, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Roraima.
O mais dependentes
No tocante à dependência do Bolsa Família, o Piauí só perde para o Maranhão, onde 54% da população é beneficiária do programa, o maior percentual do país. Depois vem Alagoas (49%), Ceará (47%) e Paraíba (45%).
Os menos dependentes
Na outra ponta estão Distrito Federal (4%), Santa Catarina (10%), São Paulo (10%), Rio Grande do Sul (15%) e Rio de Janeiro (16%).
Fonte:Portal AZ