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Jaylles Ribeiro é ouvido por Deputados na Assembléia Legislativa do Estado

Jayles RibeiroO ex-membro da Central de Controle de Contratos e Convênios da EMGERPI, Jaylles Ribeiro Fenelon, foi ouvido hoje, às 9 horas, pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa. Ele é o autor das denúncias sobre irregularidades na EMGERPI e promete fazer novas revelações. Jaylles informou que toda a diretoria financeira da empresa foi suspensa pela presidente Lucile Moura. Segundo, ele a Central de Controle de Contratos e Convênios da Empresa servia para falsificar documentos e legalizar processos no Governo. A EMGERPI, segundo suas denúncias, usa Lucile Mouralaranjas para efetuar pagamentos, sem realização de obras. O universitário revela que as empresas recebem os cheques, assinam recibos e devolvem o dinheiro, depois de sacado, para Lucile Moura.

Ele disse que tentaram lhe oferecer dinheiro e depois lhe ameaçaram. “Alguns deputados têm ligações financeiras na EMGERPI”, afirmou o ex-servidor.

Diário do Povo – Que tipo de irregularidades ou ilegalidades existem na EMGERPI?

Jaylles Ribeiro – Existem processos que só tem os recibos de obras que nunca foram feitas. Os “laranjas” vão trocar o dinheiro no banco, voltam e dão o dinheiro para ela. A gente vê este dinheiro sendo encaminhado para o Governo. Eu preparei uma caixa do datashow com R$ 100 mil dentro. Eu mandei para o gabinete dela.

DP – Existe alguma ligação sua com o Felipe Santolia?

JR – Isso tudo é mentira. Lá, no último setor que eu participei, havia falsificação de documentos. A central foi criada para legalizar estes processos. A maioria das obras era de Esperantina e a única oposição a eles lá é o Santolia. O Santolia, todos dizem que ele é maconheiro, que é homossexual, que usa drogas, então para queimar a mim, estão me ligando a ele.

DP – Sim, mas tem alguma ligação sua com o Santolia?

JF – Não tenho ligação nenhuma com ele. Tenho uma tia em Esperantina que prestou um depoimento e eles mudaram o depoimento dela. Ela está entrando com uma ação judicial por causa disso.

DP – Quem mudou o depoimento?

JR – O pessoal do PT lá de Esperantina, tem um portal que é bancado pelo PT. Eles bancam tudo. Esta história de computador também é mentira. Não tem emails para San-tolia, não tem vídeo pornográfico. Se tem estes emails e vídeos pornográficos, por que eles não publicam? Não tem nada disso. É mentira deles.

DP – A Lucile disse que você cometeu atos de traição contra ela e contra quem te indicou para a EMGERPI. Que traição foi essa?

JR – Ela mandou um relatório para o Governo. O escândalo das passagens aéreas foi muito antes da minha demissão. Ela pediu para fazer um oficio para o governador. Na tabela que havia, a EMGERPI constava com R$ 71 mil em passagens aéreas. Ela mandou dizer que as passagens não eram dela, que eram da CCOM, do Projeto Seis e Meia, ela mandou distribuir. No final para a EMGERPI, deu só R$ 8 mil de passagens aéreas. Ela enganou até o próprio governador. Porque fiz o que ela me mandou, mas fotocopiei a tabela e mandei para o Palácio de Karnak, que tem as observações dela na tabela. Eles sabem disso lá no Karnak.

DP – E qual era o valor real?

JR – Só de passagens aéreas, no mês de março, deu mais de R$ 500 mil. No período onde estava determinado pelo governador uma redução nos custos de passagens. Isso deve ter vazado de lá ou do gabinete. E ela disse que fui eu. Ela mandou uma observação para mim na tabela, dizendo “o verdadeiro montante é de R$ 8 mil e não o de R$ 71 mil”.

DP – Você é filiado ao PT?

JR – Sou, sim. Todo mês descontavam do meu contracheque para o partido. Era a minha contribuição financeira.

DP – Você tem sofrido ameaças e teme por sua própria vida?

JR – A segunda vez que fui na EMGERPI, o que me impulsionou a fazer isso, foram estas ameaças. Primeiro, me ofereceram dinheiro. Fiz a carta, mandei para ela, depois fui demitido. Depois, mandei uma cópia para o governador. Ela me demitiu. Não fui mais atrás, porque o governador já tinha conhecimento. Não ia brigar com o governador. Uma semana depois, o diretor financeiro me ligou e perguntou qual era a minha intenção com a carta, se era denunciar. A minha intenção era pedir minha transferência. Ele perguntou se eu queria voltar para a EMGERPI. Eu disse que precisava, porque pago a minha faculdade com o salário. (Ele disse que ganhava R$ 900). Ele disse que a Lucile mandou ele ligar para mim, perguntou o que e quanto eu queria. Depois da minha reação, ele mudou de assunto. Não pedi dinheiro, pedi minha transferência. Depois fiquei preocupado. Recebi meus direitos e o exame de-missional. Depois de duas ou três semanas, liguei para ela informando que fiquei na EMGEPIde abril de 2008 a novembro de 2008 por uma folha do Estado. De novembro de 2008 a maio de 2009 eu fui terceirizado. Quando fui terceirizado não recebi a minha rescisão. Eu trabalhava para o Estado e de repente passei para uma empresa privada, uma empresa particular que presta serviços para EMGERPI. Eu fui tentar receber o dinheiro da minha rescisão, esperei uns 40 minutos e depois entraram dois senhores de terno e mostraram as armas e se sentaram. Como não devia, fiquei na minha. Eles entraram e saíram depois. E ela disse que eu não tinha direito a rescisão. Depois, perguntou sobre a carta. Ela perguntou se a intenção da carta era retirar ela da direção da EMGERPI. Se era, não conseguiu, eu continuo aqui, o governador tem conhecimento de tudo, e tu? Continua aqui ainda? Ela fez assim e me ameaçou dizendo que se eu fosse me entrar iria acabar com a minha imagem, primeiro dentro de minha cidade natal e depois em todo o Estado. Ela disse que eu sou peixe pequeno e tinha muita gente grande envolvida e, quando alguém tentasse interferir, a gente passa por cima. Foi o que ela disse.

DP – Você ainda se sente ameaçado?

JR – Estou sim. Me senti ameaçado depois disso. Eu queria que alguém me desse segurança de vida. Todo mundo está me falando isso. Eu quero segurança de vida, porque estou sendo ameaçado. Fizeram um requerimento. Eu gostaria que fosse segurança privada, porque não dá para confiar na relação da secretaria do próprio governo.

DP – Você já foi chamado para prestar depoimento no Ministério Público ou na Polícia Federal?

JR – Eu apresentei para eles. Informei. Me deram um telefone para manter contato se fosse ameaçado e acionaram a Polícia Federal. O procurador Kelston Lages disse que se alguma coisa me acontecesse, ele tomaria as providências. O problema é que se alguma coisa acontecer não vai dar tempo de ligar não. É isso que eu temo.

Fonte: Diário do Povo

4 Comentários

  1. Esse rapaz com cara de santo esta sendo bem orientado pelo Felipe Santolia, suas atitudes, sua coragem, tudo leva a crer que o Santolia esteja manobrando esse rapaz (grande aprendiz). Caro rapaz infelizmente vc será mais um esperantinense a ser enganado pelo Felipe Santolia, claro se ele tiver envolvimento. Não sei qual seu objetivo, mais faça jus a sua carreira e sua reputação principalmente a de sua familia que tem boas referencias em Esperantina. Quero ver o final dessa historia, que não tem mocinho. Como será meu Deus?

  2. vc não esta só …tenha ceteza disso , jailles nós aqui de esperantina estamos querendo ver a justiça se vc estiver certo disso… porque se vc não tiver provas disso…. a policia federal vai achar essas provas… alias o presidente lula disse que se o pessoal do lado dele errar tem que ser punido e deu carta branca para a federal agir seja com quem for …falou em rede nacional lembram!

  3. É claro que o Santolia está por traz, pela primeira vez. Ele sempre fica na frente dos rapazes. Este rapazinho alegre, cria de Santolia, não tem a mínima condição e capacidade de escrever este tal dociê. Para quem conhece Santolia até as palavras do referido documento é próprio de sua maneira de falar e agir. Todos sabem disso. Se querem tirar a prova é só mandar este rapaz “testa de ferro” escrever um parágrafo qualquer que a polícia vai descobrir que não é ele o mentor do tal dociê e tão pouco foi quem o escreveu ou redigiu.

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