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NO PI, político coloca mulher, filho, mãe e etc no seu lugar

ghtmjhTem gente apostando que a eleição deste ano tem tudo para ser uma das mais diferenciadas de todos os tempos. Acreditam que vão entrar muitos nomes novos. De idade e de imagem. Ledo engano. Não é bem assim. Muitos dos que vão entrar são filhos ou têm algum parentesco com velhos conhecidos da política local.

São mais de 400 candidatos disputando entre todas as chapas. Sete deles disputam o cargo de governador. Nas chapas proporcionais, vários parlamentares buscam a reeleição, e segundo especialistas, como o cientista político Ricardo Arraes, em entrevista recente à TV Clube, a renovação deverá ser grande nas cadeiras mais disputadas, como é o caso da Assembleia Legislativa. Entretanto, vale ressaltar, boa parte desses novos nomes quando se fala em renovação, é de parentes de quem já está (ou esteve) no mandato e/ou no Poder.

No Piauí o histórico de renovação não assusta muito os parlamentares. A história recente mostra que as cadeiras vão passando de um para outro membro da família, que se perpetua e assim vão construindo um longo histórico familiar dentro da política estadual. Exemplos não faltam. Atualmente, temos alguns parlamentares que herdaram as cadeiras de seus pais na Alepi, como por exemplo Luciano Nunes (PSDB), filho do ex-deputado Luciano Nunes, da região de Oeiras; o deputado estadual Themístocles Filho (PMDB), filho do ex-deputado federal Themistocles Sampaio (PMDB), e irmão do atual deputado federal Marllos Sampaio (PMDB), ambos concorrerão à reeleição; o deputado estadual Flávio Nogueira Júnior (PDT), filho do ex-deputado estadual Flávio Nogueira, ambos concorrerão neste ano para estadual e federal respectivamente; o deputado estadual Tadeu Maia Filho (PSB), filho do ex-deputado Tadeu Maia, concorrerá à reeleição; o deputado estadual Wilson Brandão (PSB), concorrerá também à reeleição, é filho do ex-deputado Wilson de Andrade Brandão, que foi deputado estadual por seis mandatos.

É DE PAI PARA FILHO

Além desses se destacam também na lista, o deputado Marden Meneses (PSDB), filho do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Piripiri Luís Meneses; o deputado estadual Mauro Tapety (PMDB), filho do ex-deputado estadual Juarez Tapety; o deputado estadual Nerinho (PTB), filho do ex-prefeito de Picos José Neri, que comandou a cidade por três mandatos. Outros tentam emplacar seus filhos pela primeira vez, como é o caso de Breno Andrade (PSB), filho do prefeito de Piripiri o ex-deputado estadual Odival Andrade; Pablo Santos (PMDB), filho do deputado estadual Warton Santos, e Severo Eulálio, filho do ex-deputado e prefeito de Picos, Kleber Eulálio (PMDB). Os laços familiares e o desejo de manter a família no poder também abrangem outras famílias, como é o caso de Santana, que concorrerá na vaga da esposa a atual deputada estadual Ana Paula (PMDB), e Firmino Paulo (PSDB), sobrinho do prefeito de Teresina Firmino Filho, que tenta uma vaga para deputado federal. Em Campo Maior, o prefeito Paulo Martins (PT), ex-deputado estadual lança e apoia o nome do irmão Aluísio Martins, que busca uma vaga na Alepi. Também para estadual o deputado federal Júlio César (PSD) trabalha o nome do filho, Georgiano Neto, para entrar na disputa. No limite do registro de candidaturas, o deputado federal Marcelo Castro lançou o filho, Dário Castro, que iria concorrer a uma vaga a deputado federal, junto com o pai, pelo mesmo partido, o PMDB. Mas já desistiu. Seu nome seria uma espécie de ‘plano B’ no caso de qualquer eventualidade com o pai, que chegou a ser colocado como pré-candidato a governador. Além dele, o deputado estadual Themístocles Filho, colocou o nome o filho Marco Aurélio Sampaio, ex-presidente da FUNDESPI, como candidato.

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TODO MUNDO COLOCANDO PARENTE

Por outro lado, vê-se um empenho por parte dos candidatos ao governo em eleger seus entes, como por exemplo, Wellington Dias (PT), que pretende fazer de tudo para eleger sua esposa, Rejane Dias para deputada federal (passou por cima até de um bom aliado que tinha, que era o deputado federal Jesus Rodrigues). O governador Zé Filho (PMDB) é outro: ele tentará a reeleição e leva consigo a esposa, Juliana Moraes Souza, que tentará a reeleição para deputada estadual; o ex-governador e candidato ao Senado Wilson Martins (PSB), que tenta a eleição para senador e leva também a esposa, a deputada estadual Lílian Martins, que busca a reeleição, o sobrinho Rodrigo Martins, vereador de Teresina, que tenta uma vaga na Câmara federal, e o irmão Rubem Martins, que busca uma vaga na Alepi. Além desses, temos a deputada federal Iracema Portela (PP), esposa do senador Ciro Nogueira, que tentará a reeleição. Na outra chapa, temos João Marcelo Claudino, irmão do senador João Vicente Claudino (PTB), que deve ser suplente de senador, do candidato Elmano Férrer, além do pai, seu ‘João’, que é suplente de Ciro Nogueira.

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VALE LEMBRAR: VEREADORES VÃO EM MASSA

Outro fato inusitado nesta eleição é a quantidade de vereadores de Teresina que serão candidatos. Ao todo serão nove, o que mostra a verdadeira intenção dos parlamentares, que ainda não completaram sequer dois anos de mandatos, visto que foram eleitos em 2012. A lista é composta por: Antônio José Lira (DEM), um dos poucos a fazer oposição ao prefeito Firmino Filho, e um dos poucos também que ainda milita no DEM do Piauí. O vereador acabou por parar ao lado de Firmino, na mesma chapa, e será candidato a deputado estadual. Teresa Britto (PV). A vereadora há anos é uma aliada do PSDB em Teresina, e chegou até a algumas conversas bem adiantadas com Wellington Dias, mas acabou por optar pelas propostas oferecidas por Sílvio Mendes (PSDB), que é o vice na chapa de Zé Filho. Teresa já disputou eleições estaduais em outras oportunidades, inclusive para governador do estado. Neste pleito ela concorrerá a uma vaga na Alepi. O presidente da Câmara Municipal de Teresina, o vereador Rodrigo Martins (PSB), também é mais um a disputar neste pleito. O odontólogo que recebeu uma boa votação na disputa em Teresina, será apadrinhado pelos tios Wilson Martins, Lilían Martins e Rubem Martins. Rodrigo busca uma vaga para deputado federal.

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Um Comentário

  1. A politica no Piauí e feudal, o pai morre e o filho herda o cargo e o povo continua a votar na mesma família. A cidade de Esperantina é um triste exemplo desse processo politico que é o principal motivo do fracasso em desenvolvimento desse estado.

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