Esperantina marca presença na Conferência Estadual da Igualdade Racial

Teve inicio na última quinta-feira (21) e finaliza nesta sexta-feira (22), a II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial. O evento acontece no Atlantic City e conta com a participação de representantes de grupos e comunidades negras de mais ou menos 30 municípios do Piauí.
O município de Esperantina participa da conferência com 20 delegados, inclusive o prefeito Chico Antonio participou da mesa de abertura da conferência representando os prefeitos do Piauí.

Também participaram da abertura do evento a quilombola Rosalina Santos, representando as comunidades quilombolas do Piauí, Leninha Silva, representando o Conselho Estadual da Pessoa Negra, Pai Maurício Luandeci, representando as comunidades de terreiros, além do governador Wellington Dias e do Ministro da Igualdade Racial Edson Santos.

“O século XXI é o século da solidariedade, o século que vai construir um Estado que dê mais pra quem sempre teve menos”, declarou o Ministro da Igualdade Racial, Edson Santos.

Para o prefeito Chico Antonio, o grande diferencial dessa conferência é que ela vai além da discussão do “assumir ser negro” para a dimensão da promoção da Igualdade racial.

“Nós passamos da fase do assumir a negritude, que foi mais forte na década de 80 – e nesse ponto foi importante a atuação da Trindade, da Lúcia Araújo, da Sônia Terra – para a construção da democracia racial plena, dos direitos e qualidade de vida que todos devem ter independente de cor da pele”, afirmou Chico Antonio.

Para a esperantinense Onezinda Nóbrega, que participa do evento representando o grupo Arco-íris dos Cocais, “a importância da conferência está na questão de conscientizar e mostrar para as pessoas que discriminação por causa da cor da pele não está com nada. Isso no fundo é pura falta de informação”, afirmou Onezinda.

Outro grupo de Esperantina que está presente na conferência são os representantes da comunidade quilombola Olho Dágua dos Negros. “O nosso grupo veio não só pra discutir as questões ligadas ao racismo, mas para discutir os nossos problemas sociais como falta de água e energia em algumas casas e como levar melhorias para nossa comunidade”, pontua uma das representantes da comunidade quilombola de Esperantina, Luciana dos Santos.