Em coletiva, a delegada da Policia Federal, Milena Soares, informou nesta quarta-feira (25) que cerca de R$ 10 milhões foram bloqueados em bens e imóveis de investigados na operação Satélites.
A operação cumpriu 19 mandados de buscas e apreensões em empresas, no Palácio de Karnak e Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Segundo a PF, os recursos desviados no transporte escolar poderia comprar 200 ônibus escolares.
“Nós estimamos em R$ 10 milhões em imóveis bloqueados. Carros nós não conseguimos o bloqueio”, informou a delegada Milena, que coordena as investigações.
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Além do bloqueio, foram realizadas apreensões que buscaram comprovar irregularidades de contratação de especialmente dois pregões realizados pelos servidores e empresários envolvidos no esquema feitos entre 2015 e 2017.
“Os cálculos apontam um desvio de no mínimo R$ 51 milhões, o suficiente para comprar 200 ônibus no padrão do Ministério da Educação”, disse o delegado Albert.
Os mandados fazem parte de quatro inquéritos que são desdobramentos de dados investigados na operação Topique, de 2018, que investiga um grupo de empresas e servidores públicos que atuava na contratação ilegal de serviços de transporte de alunos e lavagem de dinheiro.
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Os serviços seriam prestados com superfaturamento mínimo de 40%, causando prejuízo a recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate).
Não houve nenhuma prisão e o número de servidores investigados não foi divulgado pela PF. As empresas envolvidas seriam, de acordo com os delegados, as mesmas 15 empresas envolvidas na primeira etapa da operação deflagrada em 2018.
De acordo com a Polícia Federal, nenhum dos investigados possui foro especial por prerrogativa de função, o que descarta o nome da deputada federal e primeira-dama Rejane Dias, da deputada estadual Janaína Marques ou do governador Wellington Dias entre os alvos da investigação.
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Em nota, o Governo do Estado disse que a operação é “espetáculo” e que houve “abuso de autoridade”