CidadesGeralSaúde

Mãe pede ajuda para salvar filha de 6 anos em Batalha

04A mãe da pequena Anayra Maria da Costa Carvalho, que hoje tem 6 anos, afirma que a menina nasceu com uma síndrome rara chamada “incontinência pigmentar”, e também uma “escoliose congênita do tipo agressiva” (mas até então não sabia). Após quatro dias de nascida, seu corpo começou a apresentar consequências da síndrome, foi então que a mãe, Maria Luzia de Carvalho Costa, que é professora na Unidade Escolar Sinharinha Lages, localizada no Povoado Bela Vista, Zona Rural de Batalha (PI), resolveu leva-la ao Neuropediatra onde foi diagnosticado o problema de saúde de Anayara, desde então ela passou a fazer fisioterapia.02

Por algum tempo fez tratamento na Clínica de Habilitação e Reabilitação da APAE de Esperantina (a 180 km de Teresina), onde foi acompanhada por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, pediatra, terapeuta ocupacional, entre outros especialistas. Passou ainda a ser acompanhada por um ortopedista e uma neuropediatra em Teresina. Todas as suas vacinas eram especiais e ela tinha que se deslocar para Teresina todos os meses.

Mas o pior ainda estava por vir. Quando ela tinha 2 anos e 9 meses, o médico ortopedista Dr. Anderson disse que era necessário fazer uma cirurgia na coluna da criança, pois seu caso estava se agravando. Ele acreditava que com a cirurgia a escoliose iria paralisar, e caso ela não fizesse, seu estado iria só piorar.

Então, a mãe deu entrada com toda a documentação para o processo de internação e consequentemente da cirurgia pelo SUS, ficou 6 meses na espera, uma enorme burocracia. Após esse tempo, a criança foi internada no Hospital Getúlio Vargas-HGV (em Teresina), e por três vezes foi levada a sala de cirurgia e voltava, era uma guerra de nervos, conta a mãe.

Depois de muitos dias, o médico disse que o hospital onde ela estava internada não tinha UTI, aí começou uma busca por outro hospital. Maria Luiza foi juntamente com o médico a outras casas de saúde pedir uma vaga na UTI e um centro cirúrgico para que a filha fosse operada, mas as UTI’s estavam lotadas, enormes filas a espera de vagas. O jeito foi entrar na fila também e torcer para que alguém melhorasse e surgisse então vaga numa das UTI’s.

Cada dia que passava era de angústia e desespero, conta a mãe da pequena Anayra. “É como se a vida de minha filha estivesse sempre por um fio. Foi quando enfim surgiu uma vaga. Tive de ir dormir com ela na sala de UTI só pra segurar a vaga enquanto a cirurgia não era realizada. No dia seguinte o médico realizou a cirurgia, minha filha ficou 2 dias na UTI e eu tive que ficar junto. Já estava dormindo em pé, pois ela não aceitava outra companhia. Foram dias horríveis, não podia sair pra nada, houve dia que passei só com um copo d’água. Quando ela saiu da UTI, voltou novamente para o HGV, onde ficou nove dias internada para que colocasse gesso em todo o seu tronco”, explica Maria Luzia.

Como o caso dela é raro, em Teresina só havia dois especialistas aptos em colocar esse tipo de gesso. Além disso, o processo de colocação do gesso foi um sofrimento para a criança. Para executar o procedimento, o quarto ficou cheio de médicos e enfermeiros pra ajuda, e foi preciso colocar duas vezes para dar certo, sem falar no barulho da serra que deixava Anayra muito assustada. Depois de todo esse processo ela ainda teve de ficar internada por mais 2 dias na espera de que o gesso secasse e fosse feito um corte no mesmo gesso na altura da barriga.

Depois de 2 anos da cirurgia, ‘novas complicações’, o médico disse que Teresina não tinha mais estrutura adequada para submetê-la a uma nova cirurgia, o caso era “muito delicado e gravíssimo” e, deixou claro que se Anayara não fizesse outra cirurgia iria morrer aos poucos, pois surgiriam complicações pulmonares e cardíacas.

Em setembro de 2012 a criança foi internada novamente no HGV visando acelerar o processo de transferência para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia-INTO, no Rio de Janeiro. Foram 25 dias internada, nesse período ela passou por uma série de exames. Depois foi mandada para casa, sem uma solução.

De lá para cá o quadro de saúde da menina tem se agravado, sente dores na coluna com frequência, teve que abandonar a escola porque não tem resistência. Passa a maior parte do dia deitada devido o cansaço e as dores. Vive à base de remédios. Está ainda fazendo tratamento pulmonar com um pneumologista, também em Teresina.

Os amigos convenceram a mãe a procurar o Ministério Público para que o nome de Anayra fosse cadastrado na fila de espera do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro. Agora, criança pode ser chamada a qualquer momento para realizar a cirurgia, mas a genitora não dispõe de recursos para as despesas da viagem. Alguns amigos estão fazendo campanha na rede social facebook a fim de sensibilizar as pessoas a ajuda-la.

Mesmo com todas essas adversidades dona Luzia, mãe da criança, não consegue no INSS o auxílio para a filha. Quando Anayara tinha 6 meses de vida, foi solicitado o Loas que é concedido a portadores de deficiências incapacitantes para o trabalho, desde que não exerçam atividade remunerada e cuja renda mensal familiar, por pessoa, seja inferior a R$ 95, isto é, um quarto do salário mínimo (25%), pois a mãe alega que não tem renda suficiente para suprir as despesas oriundas do tratamento, mas o beneficio foi negado.

Diante de tantas negativas ela recorreu a defensoria pública do município para ajudá-la. Mas a justiça da Comarca de Batalha julgou improcedente a ação que pede o beneficio de amparo assistencial. A sentença foi prolatada no dia 20 de junho deste ano, pelo juiz Luiz de Moura Correia.

Além da Anayra, a professora Luzia tem outra criança de 9 anos que ela cuida sem ajuda de ninguém, apenas com o salário de professora e uma pequena “pensão” que recebe do ex-marido, cerca de R$ 200, que não é suficiente nem para o leite especial que Anayra toma todos os dias. E o outro filho como fica, e os remédios?

Mês passado a mãe realizou uma rifa de um aparelho celular e arrecadou cerca de 800 reais para despesas da viagem que terá que fazer ao Rio de Janeiro, quando a criança for convocada para a cirurgia.

Quem quiser saber mais sobre o caso e fornecer ajuda pode entrar em contato pelo telefone (86) 9911.6437.(86)9543.6196.

Foi aberta uma conta na Agência do Banco do Brasil para receber as doações:

Quem puder colaborar pela saúde de Anayara, pode depositar através da  seguinte conta bancária, abaixo

Conta Poupança: 9012-3

Agência 2048-6 variação 51 (Banco do Brasil)

Maria Luzia C Costa.

Fonte: Folha de Batalha

 

Um Comentário

  1. è uma injustiça com a pequena Nayra,por que pra jogador não têm burocracia nem se fala de dinheiro para fazerem uma cirugia e essa criança é caso de vida ou morte; kd os políticos:prefeitos deputados e esses jogadores milionários que não ajudam essa família que só têm o dinheiro da passagem pro Rio de Janeiro,porém falta o da cirugia falta pra assistência d’eles no RJ-RJ.VEJAM TENHAM COMPAIXÃO DESTA PEQUENA, ELA É DE BATALHA -PI.COM A PALAVRA OS POLÍTICOS E MÉDICOS…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo