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Barras vive uma das maiores cheias desde 1974

Imagem de BarrasNão existem mais pontos de alagamentos na vizinha cidade de Barras, localizada a cerca de 60 quilômetros da cidade de Esperantina. De acordo com informações, agora somente a região central está livre das águas do Rio Marataoan, o nível do rio é o maior em quarenta anos.

Casas, postos de saúde, comércios, igrejas, enfim, estão todos debaixo de muita água.

As imagens são desoladoras e nos remete ao um cenário de destruição que os barrenses talvez levem anos para recuperar o que perderam. Em meio a tanta destruição e tristeza, o barrense demonstra seu lado solidário, Barras alagadaprimordial neste momento. Muitos comerciantes ainda não atingidos doaram seus caminhões para ajudar na remoção dos desabrigados.

Segundo a última estimativa, já são cerca de oitocentas famílias desabrigadas nos bairros, Boa Vista Riachinho, Pedrinhas I e II, Floresta, São Cristóvão, Vila Izidório, Porto do Fio, Xique-Xique, Galdinal e Prainha, este último praticamente desapareceu sob as águas.

Na Av. Beira-rio temos uma rápida idéia do tamanho das enchentes, pois o asfalto foi tomado e as águas já chegam a famosa Rua da tripa (David Caldas), o Barras Clube e o Colégio ESA estão praticamente alagados.

Quem não for forte não suporta a dor externada por aqueles que perderam tudo do pouco que tinham. As cenas de desespero que presenciamos na tarde de ontem foram marcantes para nossa equipe, crianças, homens e mulheres chorando a perda do lar.

A fúria das águas deixaram isoladas várias comunidades, uma delas foram as comunidades do Jenipapeiro, Muricí do Manoel Almeida. A estrada de Barras a Miguel Alves cortou em dezenas de pontos e em outros somente de canoa é possível a travessia.

O desabastecimento nessas localidades é questão de tempo, pois os comerciantes não têm como vir até a sede do município para abastecer suas vendas. Começam a faltar remédios, os postos de saúde dos Bairros Xique-Xique e São Cristóvão estão debaixo d’água, a Escola Municipal Teresa Brito que fica dentro do Estádio Juca Fortes corre risco de ser inundada a qualquer instante.

A PI que liga Cabeceiras/Lagoa Alegre/união que também é a linha divisória do município de Barras com Cabeceiras, está destruída na localidade Pedra Branca, por lá restaram apenas a ponte e dois pontilhões, a estrada recém construída foi destruída, são cerca de oitocentos metros de rodovia que foram levados pela força da água, por isso há um temor na cidade de Barras que o volume das águas aumente repentinamente, causando mais destruição.

Açudes estão sendo destruídos, vários tiveram rompimentos e contribuíram para aumentar os problemas.
O Rio Longá invadiu a PI 113, somente carros maiores passavam, o temor é que a região fique completamente isolada, já que a PI 112 e 113 são importantes elos de ligação entre a Capital e o norte do Estado além do Maranhão e Ceará.

A Defesa Civil do Município entregou cerca de trezentos e cinqüentas kits que contém alimentos, colchões, mosquiteiros, fronhas, travesseiros e outros itens, mas é pouco diante da calamidade, pois o número mais que dobrou. Barras hoje é uma terra arrasada e nunca na história algo de tão grave havia acontecido.

Fonte: Grande Barras

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