Depositar a confiança na educação dos filhos na escola ou educá-los em casa, por conta própria? Eis a questão discutida domingo passado (17) no programa “Fantástico,” onde foram mostradas duas famílias que optaram por educar os filhos em casa, as crianças aprovaram o método dos pais, tinham convivência com outras crianças e já estavam com a educação bastante avançada. Como qualquer outro tema polêmico haverá pessoas contra e a favor, os que não
concordam já tem na ponta da língua o porque: “ As crianças precisam se socializar, estar em companhia de outras crianças e etc.” Já a favor, os argumentos são também bastante convincentes: Em casa os filhos tem a responsabilidade de aprender sozinhos, irão contar apenas com a “orientação de uma pessoa instruída”, poderão escolher os melhores horários pra estudar, além claro do conforto do lar .
Os dois lados dessa mesma moeda de fato estão corretos: a criança precisa estar com outras crianças de sua idade, brincar, sair de casa etc. Por outro lado, a mídia tem divulgado quase que todo dia, casos de violência contra crianças e adolescentes seja em casa ou na escola, que aliás essas duas instituições veem sendo os lugares de maiores ocorrências de violência, física,psicológica e sexual. Os pais depositam sua confiança na escola e nos professores, mandam seus filhos que são seus bens mais preciosos e o que ocorre? Por irresponsabilidade ou tragédia, já foram mostrados na TV inúmeros casos de abuso sexual por parte de professores e outros funcionários, além de mortes em piscinas ou engasgamento. Não é que todos as escolas sejam assim, mas, em nosso país muitos homicídios tem sido rotulados como “tragédia”.
A tarefa de disciplinar uma criança não é pra qualquer um, mas, os pais tem por direito dar a educação de sua escolha aos seus filhos, só que no Brasil não é permitido educação domiciliar, até poderia já que com a prova do ENEM é possível adquirir o Certificado de Ensino Médio. Nos Estados Unidos, o país mais poderoso do mundo é permitido este tipo de educação, segundo dados, em 2007, cerca 1,5 milhão de crianças estudavam assim no país.
Não seriam todos os pais que teriam a capacidade de guiar sozinhos seus filhos em casa, assim como não é em toda escola que os pais podem confiar seus filhos, em muitos casos com a violência na escola, e o bullyng sem dúvida muitos gostariam de estudar no conforto do lar. Mas, sem dúvida o bom e o correto seria que: se quem pode dar uma educação aos filhos em casa pudesse fazê-la, e os pais como tem que ser, decidissem juntamente com seus filhos a maneira melhor de estudar pra aprender de verdade.
Por Laís Mendes