Polêmica: Júri Popular em Esperantina é suspenso e clima esquenta entre Promotor e Advogado de Defesa
A equipe de reportagem do jornalesp.com esteve na manhã de hoje (25), no plenário do Fórum Desembarcador Walter Carvalho Miranda, na cidade de Esperantina, cobrindo o tão comentado julgamento do comerciante Genivaldo Magalhães Amorim, acusado de ter assassinado no dia 13 de fevereiro de 2006, o adolescente e lavrador Cristino de Jesus Gomes.
O crime contra Cristino Gomes, aconteceu precisamente na localidade Mundo Novo dos Amorim, Zona Rural de Esperantina, dentro do próprio estabelecimento comercial do acusado, Genivaldo Amorim.
Segundo relatos de parentes da vitima, o crime ocorreu em função de que Cristino se dirigiu até o comércio do acusado para receber o pagamento pelo serviço de empreitada de uma capina, que o mesmo fez com o irmão do acusado de nome Francisco Reginaldo Magalhães e como não chegaram a um acordo, o comerciante sacou um revólver calibre 38 que estava em sua cintura e deu um único tiro na face da vitima que veio a falecer.
Agora um fato inédito e que chamou bastante a atenção de todos os presentes na sala de audiência da Comarca local, foi com relação a suspensão do referido julgamento, uma vez que o mesmo estava super organizado e que contava com a participação do Juiz, do Promotor, dos Advogados de Defesa do acusado, bem como também, do réu, dos familiares da vítima e de vários populares e integrantes do Corpo de Jurados, que haviam sido convocados anteriormente pela Justiça.
O pedido de suspensão do referido julgamento partiu a principio do representante do Ministério Público Estadual, no município, o Promotor de Justiça, Dr. Sergio Reis Coelho. Segundo o Promotor, dos 35 convocados para participarem do sorteio do Corpo de Jurado, 08 (oito) deles simplesmente receberam visitas de alguns familiares do acusado.
Em função deste episódio, o Promotor de Justiça solicitou de imediato ao meritíssimo Juiz de Direito Dr. Marcus Klinger de Madeira Vasconcelos, o desaforamento do julgamento, em razão de que o mesmo, considerou a falta de imparcialidade por parte de alguns integrantes dos convocados em participarem do referido Júri.
Já o advogado criminalista Nazareno Weimar Thé que atua há vários anos na defesa do acusado, questionou o porque do desaforamento do julgamento.
O advogado chegou a afirmar que se fosse necessário dispensaria as três pessoas que tinha direito para que o Júri acontecesse, e mesmo assim, o julgamento foi suspenso pelo magistrado.
Vale ressaltar que em determinado momento, tanto o representante do Ministério Público Estadual, bem como, o Advogado de Defesa do Acusado, chegaram a bater boca, sendo necessário a intervenção imediata do Juiz de Direito, Dr. Marcus Klinger.
O Promotor chegou a falar alto e em bom som, que embora tenha solicitado o desaforamento do julgamento para uma outra comarca da região, mesmo assim, vai fazer questão em participar do mesmo, seja lá onde for.
“Eu quero dizer aqui Dr. Nazareno, que pedi o desaforamento do julgamento, não por medo, de participar dele, mas sim, porque percebi a parcialidade que estava havendo antes mesmo de acontecer o Júri Popular, mas uma coisa Eu quero que fique claro, o Júri pode acontecer até em Corrente que irei participar e buscar Justiça para este caso”, disse o Promotor.
Já o advogado Nazareno Thé, ao fazer as suas considerações finais, bateu no peito e falou para todo mundo ouvir que tem plena convicção que vai absolver o seu cliente, e vai mostrar que dentro dos autos do processo existem erros grosseiros, o que tachou de “fajuto”. Já o Promotor de Justiça retrucou e disse que “fajuto” era a defesa.
Segundo o criminalista, o seu trabalho é pautado na coerência e na honestidade e é um homem conhecido atualmente em várias partes do país, pelos relevantes serviços prestados por onde quer que passe.
Quem também esteve marcando presença no Fórum Desembarcador Walter Carvalho Miranda com o objetivo de cobrar justiça pelo crime, foi a mãe do adolescente, a doméstica e lavradora, Margarida Maria Gomes de 45 anos de idade e o pai adotivo do garoto, o lavrador, Algiomar Pereira Barbosa.
De acordo com a doméstica, o seu filho foi morto de forma pervessa e traiçoeira.
“Eu sei que nós não temos mais condições de trazer o nosso filho de volta para o nosso convívio, mas queremos que a Justiça seja feita e o assassino pague pelo que fez”, declarou a lavradora.
O Juiz de Direito Dr. Marcus Klinger agradeceu a presença de todos e disse que o pedido de desaforamento será encaminhado para o Tribunal de Justiça do Estado, que vai decidir sobre a realização de um outro Julgamento posteriormente.
“Se dependesse de mim Eu também gostaria de participar deste julgamento”, finalizou o magistrado.
Confira outros registros da movimentação do plenário, abaixo:
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Gostaria de PARABENIZAR o Excelentíssimo Promotor de Justiça, Dr. Sergio Reis Coelho, por sua atitude. Pessoas como o senhor faz com que ainda acreditemos na justiça. E principalmente nesse caso em que não precisa ser pessoa da área jurídica para chegar a uma conclusão de barbárie e covardia, praticado contra a vítima (Cristino). A família da vítima, não quer nada mais ou menos do que a JUSTIÇA!!!!!!!!
PARABENIZO A ATITUDE DO DR. SERGIO REIS, O NOSSA BRASIL PRECISA DE PROMOTORES COMO ELE.
Eu Claudiana (irmã da vitima) venho atraves des dizer: Só quero que DEUS faça justiça diante da lei do Homem. Mesmo não tendo o de volta (Cristino de Jesus Gomes) a dor de sua ausencia não tem tamanho, é um ser humano jamais esquecido na familia, e com sua ausencia só aumenta a saudade,
pra que tamanha covardia de diante de tão pouco e comparando com VIDA esse pouco se torna menor que um grão de areia, QUE DEUS SEJA LOUVADO.
Parabéns dr. Sergio Coelho
Quero aqui parabenizar ao promotor de justiça Dr: Sergio Reis Coelho,pela sua linda e brava atitude de coragem por essa competencia seja sempre assim ajudando quem realmente precisa….obrigada grata margarida silva