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Estado e professores negociam aumento de 22% para iniciais e 12,5% lineares

Depois de duas reuniões, uma no Palácio do Karnak com o governador Wilson Martins (PSB), e outra iniciada durante a tarde e encerrada durante a noite na Secretaria Estadual de Educação, os diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação. (Sinte) e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Estiveram participando da referida reunião os secretários estaduais Átila Lira (Educação) e Paulo Ivan (Administração) e a promotora dos Feitos da Fazenda Pública de Teresina Leida Diniz, saiu a proposta de reajuste salarial de 22% para as faixas iniciais e reajuste salarial linear de 12,5% para as demais faixas de professores da rede pública estadual de ensino, há três meses em greve.

Às 20h30, o Governo do Estado fez a ´proposta de aumento de 22% para as categorias iniciais dos professores e 12,5% de reajuste linear para todas as categorias restantes.

Ao sair da reunião, a presidente do Sinte, Odenir Silva , afirmou que os professores e Ministério Público terão uma nova reunião com o secretário Átila Lira para definir o impacto na folha de pagamento.

“Acreditamos que o Governo do Estado tem condições de dar aumento de 22%”, falou Odenir Silva.

A Secretaria Estadual de Educação informou que professores, Ministério Público Estadual e e Átila Lira se reunirão na manhã de sábado com o governador Wilson Martins para a definição final do reajuste salarial dos professores.

O secretário estadual de Educação, Átila Lira, afirmou que a proposta será levada para o governador Wilson Martins (PSB) decidir. Ele informou que a proposta será levada a Wilson Martins no sábado.

“Nós estamos o resultado da Secretaria Estadual de Fazenda sobre o impacto das alternativas que estamos levando, em conjunto com os professores, para o governador Wilson Martins. Levantamos os critérios e opção para o governador e com a expectativa de receber mais recursos do Ministério da Educação para pagar parte da diferença do aumento dado aos professores porque também temos o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, declarou Átila Lira.

Na reunião da manha e tarde de quinta-feira, com os professores da rede pública estadual de ensino e com a Promotora de Justiça Leida Diniz, o governador Wilson Martins declarou que não pode dar o aumento linear de 22% para a categoria porque passa do previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas propôs que todos os recursos que forem enviados a mais pelo Fundeb (Funbdo de Desenvolvimento da Educação Básica) será repassado para os professores.

A informação foi fornecida pelo Coordenador de Comunicação Social do Governo do Estado, Fenelon Rocha.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Milton Canuto, declarou que é possível chegar ao aumento por que o Governo do Estado tem muitas distorções no sistema. Milton Canuto declarou que a principal distorção é a relação professor-aluno, que no Piauí é de oito alunos para cada professor, quando a média nacional é de 1 professor para 25 alunos.

Ele declarou que o Fundeb aumentou o repasse de recursos em 18,86% e o Piauí vai receber R$ 100 milhões

´Átila Lira falou que o MEC (Ministério da Educação) informou que no Piauí a média é de um professor para cada grupo de 14 estudantes.

Átila Lira disse que a rede pública estadual de ensino tem 300 mil alunos e 32 mil professores, sendo que são 25 mil professores ativos e 12 professores aposentados.

Dos ativos, 18 mil professores são efetivos e 7 mil são temporários.

Ele declarou que com o aumento salarial aprovado pela Assembleia Legislativa a folha de pagamento dos professores aumentou em R$ 5, 5 milhões. O custo da folha é de R$ 70 milhões.

A presidente do sindicato, Odeni Silva chegou para a reunião por volta das 16h30min, pois estava acompanhando os três professores que foram encaminhados à Central de Flagrantes após entrarem em confronto com a polícia. “Já está tudo resolvido, eles já foram liberados”, disse Odenir Silva.

“A gente confrontou r os dados, os valores. O Sinte tem informações de que o governo tem como pagar os 22%. Esta reunião então é para a gente confrontar os valores no sentido de alterar a proposta que o governo apresentou e nós vamos trabalhar no sentido de fazer o governo pagar estes 22%”, disse.

Por Efrém Ribeiro

 

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