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Caso Fernanda: as testemunhas do promotor

O rol de testemunhas ditas de defesa do promotor de Justiça Eliardo Cabral, na resposta que ele dá à queixa-crime intentada pelo deputado federal Marcelo Castro (PMDB), vai desde a procuradora geral de Justiça Zélia Saraiva de Lima ao apresentador de TV Tony Trindade. Os outros três arrolados são os irmãos procuradores Abílio e Alípio Santana e o colega de ofício de Eliardo no caso Fernanda Lages, o promotor Ubiraci Rocha.

Tem-se mais ou menos uma noção do que devem dizer os procuradores e o promotor. O ponto de interrogação é a inclusão do apresentador da TV Cidade Verde. Se for para fortalecer a sua tese de defesa o que Eliardo Cabral espera que Tony Trindade fale no processo? No twitter, Trindade faz três intervenções na matéria postada no Portal AZ e, de certa forma, já antecipa o que poderá dizer: 1) “Tudo o que me foi dito está gravado”. 2) “Todos os contatos que mantive com ambas as partes deste processo se deram diante das câmeras, exclusivamente”; 3) “assim sendo, com tranquilidade, reproduzirei aquilo que me foi dito diante de milhares de telespectadores”. Numa audiência, o que engasga a testemunha, às vezes, são os inusitados questionamentos sobre assuntos que não foram tornados muito claros durante o processo. Quanto às outras testemunhas, pode ser sustentada a história contada no ano passado, nos bastidores do MP, de que Abílio levara Marcelo Castro, em seu carro, para um encontro com o irmão, Alípio na casa deste a fim de que Alípio facilitasse uma audiência do parlamentar com a procuradora geral, e que fosse fora do Piauí. O que Marcelo Castro gostaria de dizer ou ouvir de Zélia naquela ocasião, só na audiência se poderá saber. Impressiona como esse caso da estudante Fernanda Lages tem a capacidade de gerar sempre, novas encruzilhadas.

Por Arimatéia Azevedo

 

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