Juiz Nollêto dá “nota 10” a PF por atuação no caso Fernanda
Conhecido por seu jeito reservado, o juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª vara do Tribunal do Júri, falou hoje sobre o caso Fernanda Lages e afirmou que a nota que dá para a Polícia Federal é “10”. Segundo o magistrado, os dois delegados que investigam o caso trabalham “sem paixão e são técnicos”.
“A nota que dou para a Polícia Federal é dez pelo trabalho, pelo tratamento, pela humildade. A gente aprende com eles. São francos e não são pessoas que dizem uma coisa e querem outra”, disse Nollêto, ressaltando que a Polícia Civil também tem delegados valorosos.
Na opinião do juiz, é prematuro afirmar se o caso Fernanda Lages foi homicídio ou suicídio. Hoje pela manhã foi cogitada a possibilidade da PF pedir a prisão preventiva da estudante Nayra Veloso, amiga de Fernanda Lages.
Antônio Nollêto explicou pelos autos do processo, a situação de Nayra Veloso não se enquadra na prisão preventiva. Pacientemente, o juiz pega uma caneta e um papel e explica os critérios para uma prisão dessa natureza. Segundo ele, para o juiz autorizar uma prisão preventiva precisa ter fundamentos como: materialidade do crime, indícios e suficiente autoria, além de se enquadrar em um dos pressupostos que a lei exige (entre eles a ordem pública, econômica, conveniência, da instrução e a aplicação da lei penal).
“Essa moça (se referindo a Nayra), segundo acompanho pela mídia, não se enquadra nesses requisitos. Só se surgirem novos fatos”, disse o magistrado.
Nayra Veloso está presa desde o último dia 15 deste mês a pedido da PF e autorizado pelo juiz Antônio Nollêto. Nayra seria a última pessoa a conversar com Fernanda no dia do crime.
O magistrado acredita que haverá um desfecho para a investigação, mas disse que é preciso aguardar a conclusão do inquérito.
Por Yala Sena