Presidente do TJ defende punição dura a juízes acusados de corrupção
Durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (09), o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Edvaldo Moura, se posicionou a favor do também desembargador aposentado do TJ do Rio de Janeiro, Marcus Faver, que defende a pena de morte a magistrados corruptos.
Marcus Faver, que é o presidente do Conselho Permanente dos Tribunais de Justiça do Brasil, afirmou que juiz que vende sentença deveria ser enforcado em praça pública.
“Na minha opinião, se existisse pena de morte no Brasil, o juiz que se envolve em caso de corrupção deveria ser punido. Ele tem de ser penalizado para dar o exemplo. A situação dele é muito pior que qualquer outro cidadão. Como é que ele condena se ele é bandido? Como ele pode punir um ladrão se ele é corrupto? Concordo com o [Marcus] Faver e acredito que o juiz corrupto tem de ser duramente punido e servir como exemplo para todos os outros”, afirmou Edvaldo Moura.
O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí citou como exemplo de maus magistrados o juiz José Willian Veloso, afastado da comarca de Campo Maior, após ser acusado de exigir propina da prefeita da cidade de Nossa Senhora de Nazaré, Luciene Silva. A notícia da suposta venda de sentença repercutiu nacionalmente e o magistrado foi afastado do cargo. A atuação do juiz José Willian Veloso está sendo analisada pela corregedora do TJ, desembargadora Eulália Pinheiro.
Operação Segor
O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí falou ainda da “Operação Segor”, deflagrada nesta quinta-feira (09), que culminou na prisão de quinze pessoas, entre elas um vereador de Bocaina, acusadas de envolvimento com tráfico de drogas na região de Picos. A ação policial contou com a participação do Núcleo de Enfrentamento ao Crime Organizado, grupo de trabalhado ligado ao TJ.
“A ação exitosa de hoje, anunciada hoje pela Secretaria de Segurança Pública, decorre de um trabalho articulado entre a Polícia Civil, juízes criminais da cidade de Picos e dos promotores que atuam na região. É fruto também do trabalho conjunto com o nosso Núcleo de Enfrentamento ao Crime Organizado, composto por desembargadores, juízes, delegados, defensores públicos, advogados e outros, que visam acabar com a criminalidade no Estado”, explicou Edvaldo Moura.
Fonte: Portal Az