Ex-segurança de Santolia é inocentado de homicídio

Após quase 10 horas de julgamento, o ex-policial civil Ageu Alves de Sousa, 43 anos e ex-segurança do ex-prefeito de Esperantina Felipe Santolia, foi considerado inocente das acusações de homicídio. Ele foi levado ao júri popular sob alegação de que teria matado o traficante Erismar Cardoso da Silva, vulgo “Ratinho”, ao lado de outros dois policiais, no bairro São Pedro, zona sul. O crime aconteceu em 13 de maio de 1998.

O Crime

O homicídio aconteceu no dia 13 de maio de 1998, supostamente realizado pelo então policial Ageu e mais dois policiais: Antônio Carlos e Silvestre. Foram disparados 11 tiros, sendo que três deles acertaram o queixo e três a boca. A vítima era acusada de tráfico de drogas e roubo e já tinha pelo menos 27 passagens pela policia.

O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri durante todo o dia, comandado pelo juiz Antônio Noleto. O júri inocentou Ageu por 6 votos a 1.

O advogado Meton filho, que representa o Ministério Público, coordenador das Promotorias Criminais, disse que foi um processo falho, porque ninguém assumiu a autoria do crime.

“As defesas apostaram na confusão. Estariam os três acusados no local do crime e ninguém viu nada”, destacou Meton Filho.

Já o advogado de defesa, Marcos Vinicius Brito Araújo, afirma com a negativa da autoria do crime e relatou que uma testemunha, chamada Francisco Bona, teria visto Silvestre disparar os tiros, mas ele alega também que ele teria disparado em legitima defesa.

“A defesa conseguiu provar de que Ageu não se encontrava no local onde a denúncia dizia que ele estava. O fato se deu na rua Porto, e Ageu se encontrava na avenida Valter Alencar. Portanto, não corroborou de nenhuma maneira para o delito”, afirmou o advogado de defesa Marcos Vinicius Brito Araújo.

Ageu esperava o julgamento em liberdade. Apesar da acusação, o policial só foi exonerado do serviço público, dez anos depois em março de 2008, quando também foi acusado de participação em crimes de extorsão, estelionato e envolvimento numa quadrilha presa pela Polícia Federal, durante a Operação Valáquia, suspeita de realizar vários saques fraudulentos em contas bancárias pela internet.

Fonte: Cidadeverde.com