Existe uma grande expectativa no município de Barras (130 km de Teresina), no norte do estado, em torno da exumação do cadáver da estudante Fernanda Lages Veras, encontrada morta na madrugada do dia 25 de agosto do ano passado, no pátio posterior do prédio em conclusão do Ministério Público Federal, na Avenida João XXIII. Os conterrâneos da moça descartam qualquer possibilidade de suicídio.
O Delegado Alberto Ferreira Neto, um policial com um histórico de sucesso dentro da instituição, já tem em mãos uma autorização do Juiz Antônio Noleto, da 1ª Vara Criminal, para coordenar a exumação e trasladar, para São Paulo ou Fortaleza, os restos de Fernanda para que exames periciais não realizados logo depois do encontro do corpo, sejam feitos em um dos institutos das cidades indicadas.
Moradores de Barras, pedindo omissão de seus nomes, disseram não ter dúvidas de que a bela moça foi assassinada e que “é crime de gente grande”.
Em Barras, há uma especie de plantão de alguns populares para acompanhar o trabalho de exumação, que pode acontecer a qualquer momento, tendo em vista que a Polícia Federal gosta de trabalhar sob muita discrição. Este, porém, é um trabalho difícil de ser realizado longe dos olhos da população e dos repórteres.
O que certamente vai acontecer é uma solicitação para que o cemitério, no horário que a Polícia Federal resolver fazer o trabalho, tenha os seus portões fechados para a imprensa e os populares. Na realidade, nestes momentos, a presença de estranhos ao trabalho, realmente atrapalha, mas sempre há uma maneira de olhos diferentes se colocarem sobre os procedimentos.
Por Feitosa Costa