O resultado do LIRAa 2011 (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) revela que 48 municípios brasileiros estão em situação de risco para ocorrência de surto de Dengue. No Piauí são três os municípios em situação de risco de surto de dengue – Água Branca, São Raimundo Nonato e Cajazeiras.
O Ministério da Saúde informou que 13 municípios do Piauí estão em estado de alerta de infecção pela dengue – Altos, Avelino Lopes, Canto do Buriti, Demerval Lobão, Elesbão Veloso, Floriano, Itaueira, Jurema, Pedro II, Piripiri, São Miguel do Tapuio, Simplício Mendes e Uruçuí.
O mapa, que permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor foi realizado entre os meses de outubro e novembro deste ano, pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias municipais de saúde. Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Ao todo participaram 561 cidades.
Na manhã de segunda-feira, ao apresentar os resultados do LIRAa 2011, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que o estudo é uma espécie de fotografia que permite ao Ministério da Saúde conhecer a situação da dengue em todo o país.
“As cidades que estão em situação de alerta, não podem baixar a guarda: ao contrário, devem intensificar suas ações. Já os municípios em situação de baixo risco podem migrar para uma grande epidemia”, alertou.
Para ele, o LIRAa é um instrumento fundamental para orientar as ações de controle, pois possibilita que os gestores locais de saúde antecipem as ações de prevenção. O ministro reforçou que os dados do levantamento não significam que a situação não possa ser revertida. “Um determinado município, que apresenta situação de risco, poderá mudar este cenário com a intensificação das medidas nas áreas de maior risco”, destacou Alexandre Padilha.
O Ministério da Saúde acompanhará de perto a evolução da dengue nos estados e municípios. O mapa revelou que 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para epidemia de dengue.
“Além do sistema de vigilância convencional, contamos, a partir de agora, com o Observatório da Dengue, mais uma ferramenta que irá nos ajudar no monitoramento da doença por meio das redes sociais”, ressaltou o ministro.
A nova avaliação aponta, ainda, que 236 cidades estão em alerta (com índice entre 1% e 3,9%) e 277 possuem índice satisfatório, abaixo de 1%.
Os municípios em situação de risco, incluindo três capitais – Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) – estão localizados em 16 estados brasileiros: quatro na Região Norte; sete no Nordeste ; três no Sudeste; um no Centro-Oeste e um na Região Sul.
Entre as capitais em situação de alerta, destacam-se Salvador, com índice de infestação de 3,5%; Recife (3,1); Belém (2,2); São Luis (1,6%); e Aracaju (1,5%). Fortaleza e Natal, que no ano passado estavam em estado de alerta, passaram para situação considerada satisfatória, com índices de infestação de 0,9 e 0,8, respectivamente.
Neste ano, o LIRAa foi ampliado para 561 municípios, um acréscimo de 53% com relação a 2010, quando foi realizado em 427 cidades. O levantamento passará a ser feito, pelo menos, três vezes ao ano. A medida tem como objetivo possibilitar que as comunidades conheçam os lugares mais críticos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que o LIRAa possibilita aos gestores municipais atuarem de forma mais eficaz para a eliminação dos criadouros de mosquitos nos locais identificados de maior incidência. Essa ação, segundo ele, também pode ser desempenhada, com sucesso, pela própria comunidade.
“Para remover os focos do mosquito transmissor não é preciso usar tecnologia. É preciso, apenas, a adoção de medidas simples, que qualquer pessoa pode utilizar em suas casas”, observou o secretário, durante a apresentação dos resultados do LIRAa 2011.
O mapa, que permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor foi realizado entre os meses de outubro e novembro deste ano, pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias municipais de saúde.
Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Ao todo participaram 561 cidades.
Por Efrém Ribeiro
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