Caso os exames com material genético enviados para o Instituto de Polícia Científica da Paraíba não apontem DNA compatível com uma das 40 pessoas que forneceram seu material, a CICO (Comissão Investigadora do Crime Organizado) vai anunciar no dia 25 de outubro que a estudante de Direito Fernanda Lages morreu no dia 25 de agosto por suicídio.
Documentos e laudos obtidos com exclusividade pelo Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte apontam, na página 37 do laudo pericial, crime por morte violenta. Os seis peritos afirmam que Fernanda Lages teria, por diversas maneiras e possibilidades tentado subir na mureta.
Houve um deslizamento, de cima para baixo, deixando marcas de sujeira do solado que se misturam com as fibras de camurça do calçado, indicando alternância do movimento dos pés. Segundo o laudo pericial, as marcas da sujeira do solado são observadas na mureta e no sapato do pé direito, o calçado incorporou substâncias da parede.
Os delegados da CICO ainda não sabem a razão porque Fernanda Lages foi para o prédio da Procuradoria da República. O laudo diz que houve escoriações longitudinais produzidas na parte frontal da coxa direita com início próximo da virilha, bem como escoriações linear na parte anteromedial da coxa esquerda.
Fernanda Lages teria montado na mureta como se monta em um cavalo
O laudo mostra lesões cintusas, com estampamento, localizadas nas regiões do flanco direito, com rebatimento na região inguinal, correspondente ao local onde o aparelho celular que se encontrava no bolso do vestido da vítima que recebera as impactações que o destruiu.
Os peritos, em seu laudo, mostraram manchas de sangue formadas por contato e escorrimento, nas bordas, dentro do pavilhão auricular esquerdo, indicando claramente que foram geradas por acréscimo quando o corpo se encontrava caído naquela posição, já que não há nenhuma fonte de origem (ferida ou lesão) naquela região.
Foram, encontradas as manchas satélites constituídas por gotículas
Segundo os peritos, na parte superior do prédio, exatamente na laje de cobertura, no sexto pavimento, os técnicos identificaram evidências físicas associadas às sapatilhas da vítima impressas na parede da mureta do parapeito, de 1,30 metros de altura, no lado correspondente ao local aonde o corpo fora achado, ou seja, do lado oeste.
Eles afirmam que tratam-se de impressões visíveis, deixadas por atritamento ou deslizamento na áspera superfície do reboco que havia sido recentemente pintado de preto, onde houve retenção de fibras de camurça dos calçados. Consorciados com estas marcas compostas por fibras sintéticas da cor rosa, haviam marcas esbranquiçadas compatíveis com pó de cimento ou argamassa de areia e cimento que o solado das sapatilhas também retinham.
Os peritos apontaram que como adorno, Fernanda Lages exibia um pequeno piercing no lado esquerdo do nariz, outro na parte superior da orelha direita e um terceiro na região do umbigo. Por Ieldyson Vasconcelos e Efrém Ribeiro]]>