Caso Fernanda Lages: Promotores de Justiça vão intimar mãe e namorada de Jivago Castro
Os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha vão notificar nesta segunda-feira (17) a empresária Maria José de Castro Ramalho, mãe do engenheiro Jivago Castro, e a namorada dele, Valéria Macedo, para prestarem informações como informantes nos procedimentos que apuram a morte da estudante Fernanda Lages Veras, 19 anos, cujo corpo foi encontrado ao amanhecer do dia 25 de agosto no prédio em acabamento Ministério Público Federal, na Avenida João XXIII.
A empresaria Bizé Castro, como é conhecida a mãe do engenheiro, é um dos álibis de Jivago Castro. Em seu depoimento, ele disse que na noite de 24 para 25 de agosto dormiu em casa no Edifício Paul Cesane, na zona leste de Teresina, com a namorada Valéria, onde também estava sua mãe. Porém, os promotores receberam informações de pessoas do circulo social da empresária de que, na madrugada em que Fernanda Lages morreu, dia 25, por volta das 03hs, dona Bizé, como é conhecida, tomou o voô da TAM para são Paulo e teria voltado apressadamente na noite do mesmo dia.
Quanto à valeria Macedo, os promotores querem saber se ela dormiu no apartamento do engenheiro como ele declarou ou se estava em um aniversário de seu círculo social na companhia de algumas amigas. Valéria estuda na Faculdade Novafapi, e foi uma de suas colegas que disse para os promotores que efetivamente Valéria não tinha dormido no apartamento naquela noite.
Nas últimas horas os promotores receberam um volume de informações muito grande que vão na direção contrária às declarações feitas à imprensa e à polícia pelo engenheiro Jivago Castro, proprietário da Vanguarda Engenharia. Na área da polícia, os últimos movimentos indicam que as investigações se concentram em torno de Jivago e de mais alguém que seria ligado a ele.
No final da tarde deste domingo (16), por exemplo, Jivago voltou à Comissão Investigadora do Crime Organizado – CICO; foi ouvido pelo delegado Paulo Nogueira e consta que novas amostras do seu DNA foram recolhidas. Quando este procedimento é adotado numa investigação policial, na maioria das vezes é chamado contra-prova.
Por Feitosa Costa]]>