Associação defende Promotores do caso Fernanda Lages
Diante das divergências envolvendo o Ministério Público e a Polícia Civil durante as investigações sobre a morte da estudante Fernanda Lages, a Associação Piauiense do Ministério Público – APMP, decidiu interceder em favor dos promotores: Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha. De acordo com o presidente da APMP, Flávio Teixeira, a atuação dos promotores tem como único objetivo elucidar o crime e alcançar a verdade, “doa em quem doer”.
Flávio se mostra preocupado com a postura da Polícia Civil, especialmente do delegado Paulo Nogueira, que tem forte ligação com alguns partidos políticos, inclusive com pretensões de ser candidato a prefeito de Corrente, município localizado no extremo Sul do Piauí.
O presidente da APMP reforça que as dúvidas sobre a atuação policial no caso Fernanda Lages são aumentadas, inclusive, com a substituição do delegado que iniciou o caso, Mamede Rodrigues.
“Estão querendo denegrir o trabalho do Ministério Público, mas o nosso reconhecimento provém da população, beneficiada pela efetiva atuação de promotores como Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha. Além disso, não é novidade para ninguém que o exercício da função do promotor de justiça desagrada muitos investigados em inquéritos e réus em ações judiciais. Mas, desagradar a polícia, é a primeira vez que estou vendo”, diz Flávio Teixeira.
O presidente argumenta que, apesar do inquérito ser produzido pela Polícia Civil, é endereçado ao Ministério Público, órgão que decidirá qual providência será tomada – requerer novas diligências, pedir arquivamento do caso ou a acusação dos indiciados no inquérito.
Fonte: Acesse Piauí]]>“O MP, nas representações formuladas por qualquer cidadão ou entidade, sempre instaura procedimentos administrativos apuratórios. Dessa forma, em um caso como o da Fernanda, com grande repercussão e possível envolvimento de pessoas com grande poder econômico e político, é salutar e legítima a nossa participação”, finaliza.