Após veementes cobranças da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI) e Ministério Público Federal com relação a omissão do Ministério Público Estadual no ‘Caso Fernanda Lages’, a Procuradora Geral de Justiça Zélia Saraiva convocou a imprensa para rebater as críticas e para explicar como o MP vem acompanhando as investigações.
Segundo a Procuradora, ao contrário do que se vem divulgando, o Ministério Público não vem sendo omisso, pelo contrário, acompanha desde o dia em que a estudante Fernanda Lages foi encontrada morta todo o desenrolar dos fatos. Ela garantiu que MP está tendo acesso a todas as informações que o andamento do inquérito permite e que também busca, como a sociedade, uma resposta rápida para o ocorrido.
Na entrevista falou em ‘descobrir os acusados do crime’, depois se explicou: ‘Modo de falar’
“Desde o começo que o MP, por meio do Promotor João Benigno vem acompanhando as investigações. Temos consciência que nosso trabalho vem sendo da melhor forma possível. Se a OAB-PI e o MPF estão com essa ansiedade, toda a sociedade também está, mas é preciso saber que nesta faze do processo não temos como interferir. Cabe à Polícia Civil investigar e assim que o inquérito for concluído, este será encaminhado ao MP, que a partir daí tem legitimação para interferir, questionando ou por meio de Ação Penal”, esclareceu a Procuradora.
Na oportunidade, ela assinou a Portaria 1109/2011, designando que os Procuradores: João Mendes Benigno Filho, José Eliardo de Sousa Cabral e Ubiracy de Sousa Rocha acompanhem o caso. “Eles fazem parte do Núcleo das Promotorias do Tribunal de Júri da Comarca de Teresina e são, por lei, os responsáveis pelo acompanhamento das investigações. O MP faz isso para garantir mais tranquilidade no processo e não porque aumentaram as cobranças”, acentua Zélia Saraiva.
Ela nega que Portaria seja por conta de críticas de omissão do MP-PI: ‘Procedimento normal’
Questionada se o MP acreditava em suicídio ou crime, se tomou conhecimento de irregularidades processual e se já sabe se a investigação vai prorrogar o prazo, Zélia Saraiva disse apenas que não pode emitir opinião, pois o processo corre em segredo e que o inquérito policial ainda n/ao chegou ao MP-PI.
Acompanhando o caso desde o início, o promotor João Benigno disse que teve acesso à necropsia, mas também não sabe do resultado. E acrescentou que até onde teve conhecimento, nenhum suspeito foi apontado, mesmo depois de especulações e nomes divulgados na mídia.
Fonte: 180 Graus]]>