Difamação: Marcelo Castro ameaça o jornalista Arimatéia Azevedo
Dentre tantos assuntos importantes que ocorreram no Piauí ontem (5), o jornal Meio Norte optou por colocar na manchete da edição desta terça-feira (6), no seu espaço mais privilegiado um texto que não tem nada de jornalístico. Uma reprodução de ameaças e difamação por parte do deputado federal Marcelo Castro (PMDB) contra o jornalista Arimateia Azevedo.
Fica claro e evidente que, quando um meio de comunicação se presta a colocar manchetes desta natureza, está obscura uma relação comercial de pagamento de espaço, onde uma publicidade esdrúxula sobrepõe ao verdadeiro jornalismo.
No texto, Marcelo Castro pronuncia palavras como “psicopata”, “doente mental”, representando um crime condenável pela legislação brasileira: a difamação.
O parlamentar, que deveria estar envolvido com tantos problemas que assolam o nosso estado, ele dedica os seus dias a difamar um profissional de imprensa que há anos vem trabalhando com o jornalismo investigativo, que incomoda ao fazer denúncias e a desmascarar pessoas poderosas que estão encobertos sob a proteção do dinheiro e do poder público.
O desequilíbrio público de Marcelo Castro se deu após a divulgação do nome de seu sobrinho Jivago Castro como uma pessoal envolvida com a estudante Fernanda Veras, morta cruelmente no dia 25 de agosto.
O crime cruel contra esta jovem deve ser o real foco da discussão na mídia, na polícia e na Justiça e não o trabalho deste modesto jornalista.
Marcelo Castro se diz perseguido pelo jornalista Arimatéia Azevedo há 22 anos. Veja, então, a sequência de fotos do mesmo Marcelo Castro na redação do Portal AZ, onde, alegre e descontraidamente, ele dá entrevista. Sem falar que seu filho Dário Castro, assessor de imprensa do parlamentar, sempre manteve estreita relação com a redação, fazendo publicar no Portal AZ e na coluna de Arimatéia Azevedo, as matérias e notas de interesses do parlamentar.
Clique abaixo e leia matéria enviada por Dario Castro e divulgada no Portal AZ: Sarney garante colocar veto à redistribuição do pré-sal em votação“Há 22 anos, o jornalista Arimatéia Azevedo elegeu a nossa família como sua inimiga e nós não levantamos um dedo contra ele. Hoje, eu estou declarando que a família Castro, nós irmãos e sobrinhos estamos declarando inimizade ao jornalista Arimatéia Azevedo. Enquanto vida estivermos, nós vamos ser inimigos. Ele lutou por isso e nós sempre fugimos dessa inimizade, nos nunca quisemos, pois hoje nós topamos ser inimigos do jornalista Arimatéia Azevedo. Ele tem 24 horas por dia, ele não faz nada na vida dele.
Você pode ir qualquer hora no Teresina Shopping, ele vai estar bebendo uísque e falando mal da vida dos outros. Nós temos obrigações, pouco tempo a nos dedicarmos a isso aí, mas nos vamos para a Justiça contra todas as coisas ruins que ele botar contra a gente. Nós vamos abrir um processo contra ele, até eu velhinho, de bengala, processando ele, esse psicopata, esse doente mental que envergonha o jornalismo do Piauí. O jornalismo do Piauí é um jornalismo descente, elevado. Nós torcemos e trabalham,os para que cada vez mais liberdade, independência dos jornalistas, que sejam amante da verdade, que condenem, que mostrem, que investiguem e mostrem tudo de errado. Agora que as pessoas publiquem a verdade, publicar a mentira, o sujeito criar fatos que só existem na cabeça dele não é jornalismo aqui, nem em canto nenhum do mundo. O jornalista Arimatéia Azevedo vai continuar o que sempre fez, mas vai responder os processos”, declarou na noite de ontem o deputado federal Marcelo Castro, presidente regional do PMDB, em reação à acusação feita pelo jornalista de que o seu sobrinho, o engenheiro Jivago Castro Ramalho era o acusado pelo suposto assassinato de estudante de Direito, Fernanda Lages Veras, de 19 anos, encontrada morta no dia 25 de agosto no prédio em construção da Procuradoria da República no Piauí, na Avenida João XXIII, no bairro dos Noivos, na zona Leste de Teresina.
Marcelo Castro disse que sua irmã Bizé Castro educou seus três filhos, que hoje são cidadãos honrados da sociedade teresinense, Alexandre, dono da Florence; Thiago, que é dono do Hospital do Olho; e Jivago, que é dono da construtora Vanguarda.
“De uma hora para outra, assim como um raio, parte sobre essa família a acusação de que Jivago é um assassino, mais do que isso, um assassino monstruoso que cometeu um dos crimes mais bárbaros da história do Piauí, de onde veio essa história? De uma mente maledicente, uma mente doentia, psicopata, maldosa que todo mal pode fazer a uma pessoa. Tudo isso partiu de um único jornalista, de um único portal de Teresina, esse camarada vai e coloca da maneira mais leviana, mais irresponsável, sem nenhuma ligação, sem nenhum liame sequer, sem nenhum fio de cabelo que estabeleça um nexo de causalidade e de ligação entre Jivago e essa moça que foi assassinada. Da forma mais irresponsável do mundo, ele coloca à execração pública que Jivago é o assassino. Eu só atribui isso a um único fator: Jivago é sobrinho do deputado federal Marcelo Castro”, falou o parlamentar.
Marcelo Castro disse que quando Jivago Castro entrou em seu apartamento, foi ao cinema no Teresina Shopping e voltou para o apartamento, tudo registrado por câmeras de circuito interno.
Marcelo Castro pede aos desembargadores e juízes que fiquem na pele das famílias que teriam sido caluniadas por Arimatéia Azevedo para que faça justiça aos que reagem contra suas acusações.
Ele pediu ao governador Wilson Martins e ao prefeito Elmano Férrer pelo fato do Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina financiar o portal de Arimatéia Azevedo para atingir a honra das famílias.
“Nós somos pessoas honradas, pacatas, ordeiras, trabalhadoras e honestas. Vivemos em um estado civilizado e de direito. Qual o recurso que nos resta. Ir para a Justiça porque é uma situação desigual. Ele passa 24 horas por dia, nas horas vagas ele pode ser até jornalista, mas 90% do tempo ele gasta para fazer mal às pessoas. Um camarada desse recebe dinheiro do governo, dinheiro do imposto que você paga, do imposto que eu pago, imposto que o povo honrado do Estado paga para financiar um débil, um doente mental desse, que vive no Teresina Shopping tomando uísque, rindo da minha desgraça, da sua desgraça, da desgraça das pessoas honradas da sociedade do Piauí. Caluniando, difamando, sem nenhuma consequência, Ele fica fazendo isso e fica dando gaitadas, rindo da desgraça dos outros. Eu só espero que os desembargadores, os juízes quando forem julgar os processo, porque ele se gava de ter 100 e tantos processos, se coloquem no nosso lugar”, declarou Marcelo Castro.
“Tudo isso saiu da mente doentia desse rapaz, ele é um doente mental, um psicopata, ele só pensa em fazer mal, em enlamear, em caluniar, em difamar e desonrar as famílias do Piauí. Quantas dezenas de famílias foram execradas por esse camarada e quantas serão no futuro? E ele ganhando dinheiro do governo, do imposto que eu pago, que você paga”, falou Marcelo Castro.
Fonte: Portal Az
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