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Delegado Janderlyer Gomes de Lima quer bloqueio de contas e sequestro de bens de acusados

janderlyer-gomes-O delegado federal Janderlyer Gomes de Lima, que coordena os inquéritos da Operação Geleira, informou que foram identificados até agiotas no esquema de desvio de dinheiro nas prefeituras piauienses. Agora a ação do MPF (Ministério Público Federal), MPE (Ministério Público Estadual) e PF (Polícia Federal) é no sentido de bloquear contas bancárias, seqüestrar bens e requerer o ressarcimento dos valores desviados.

Segundo o delegado, os valores desviados no esquema de corrupção em 13 municípios, num período de quatro anos, são superiores a R$ 20 milhões. Ele revelou que as pessoas responsáveis pelos desvios já foram identificadas. A PF está levantando os bens e valores que cada um teria desviado. A ação é um desdobramento da Operação Geleira que resultou na prisão de sete prefeitos e dois ex-prefeitos e secretários municipais, estão atuando em 21 municípios e ainda vai ser ampliada.

Até outubro os inquéritos da primeira fase da Operação Geleira estarão concluídos e entregues ao Ministério Público Federal e Estadual. A PF revelou que os desvios se dão principalmente em recursos da Educação, Saúde, em licitações e uso de notas fiscais frias, além de superfaturamento em obras públicas. “Identificamos casos de processos de licitação montados nas prefeituras, processos direcionados e superfaturamento. Tivemos êxito nas investigações pela cooperação técnica e operacional do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Controladoria Geral da União (CGU)”, disse Janderlyer.

A PF identificou os agentes fraudadores e nominou em cada município. A lista vai de secretário, vereador, presidente de comissão de licitação a ex-prefeito e prefeito. Os agiotas foram identificados depois, devido a pagamentos realizados com dinheiro do FPM (Fundo de Participação do Município) a empréstimos pessoais feitos a prefeitos. Os agentes fazem uma averiguação de bens e patrimônio que essas pessoas tinham antes de assumirem os cargos públicos e, agora, depois das suspeitas de enriquecimento ilícito e desvio de dinheiro público.

A intenção é seqüestrar bens, indisponibilizar contas e patrimônio e requerer o ressarcimento dos valores que foram supostamente desviados. Na Operação Geleira alguns bens já foram seqüestrados. “O que lamentamos é o que está sendo recolhido ou indisposto não cobre nem de 5% do que foi desviado. Mas o Ministério Público vai representar conforme o que foi fechado nos inquéritos”, finalizou o delegado Janderlyer Gomes.

Com informações do Diário do Povo]]>

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