Preocupado com as declarações do deputado Givaldo Carimbão (PSB-Alagoas), de que as comunidades terapêuticas, que trabalham a recuperação de dependentes químicos, têm encontrado resistência no credenciamento junto ao Ministério da Saúde, o deputado Assis Carvalho (PT/PI) defendeu o apoio e repasse de recursos governamentais para que essas instituições possam continuar trabalhando. Ele citou como exemplos de trabalho reconhecidamente bem sucedido as entidades Fazenda da Paz e Monte Tabor, no Piauí.
Segundo Cacimbão, que é relator da Comissão de Políticas Públicas de Combate às Drogas, a razão da resistência seria a influência religiosa no tratamento. Como a estrutura estatal ainda é insuficiente para atender a demanda crescente provocada pelo avanço das drogas, o deputado Assis entende que é necessário, respeitando o credo do dependente químico, fazer parcerias com estas instituições como uma das alternativas viáveis para universalizar o acesso ao tratamento. Desde julho, o governo federal simplificou as regras para o funcionamento das comunidades terapêuticas, com medidas como a que desobriga os centros de atingir um número mínimo de funcionários especializados.
“Trata-se, sem dúvida, de um tema polêmico que merece deste Parlamento uma atenção mais apurada, visto que o combate às drogas e a recuperação de dependentes químicos é uma das prioridades da presidenta Dilma Rousseff e uma demanda forte das famílias brasileiras”, disse o deputado.
Segundo Assis, é de extrema urgência superar essa resistência porque o tráfico avança a cada dia numa velocidade espantosa em todo o país, aliciando e destruindo a vida de pessoas de todas as idades e exigindo do poder público a mesma velocidade para encontrar soluções.
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