50% das farmácias estão ilegais no Piauí
Em todo o Piauí, de acordo com os números do Conselho Regional de Farmácia (CRF), existem 2.331 drogarias e farmácias. No entanto, quase a metade delas trabalha na ilegalidade. Isso mesmo, 1.036 farmácias e drogarias do Estado funcionam de forma ilegal. Gina Coelho, presidente do CRF, revela que apenas 1.295 estão regularizadas junto ao órgão.
“As farmácias possuem o registro e um Responsável Técnico (RT), que nesse caso é o farmacêutico. Todo o restante trabalha na ilegalidade, pois tem muitas que abrem apenas com o caráter comercial e não se preocupam em oferecer os serviços necessários com qualidade e responsabilidade. Não se preocupam em prestar os serviços na área de saúde”, esclarece.
Segundo informações dos fiscais do Conselho, a região Norte do Piauí é a que concentra o maior número desses estabelecimentos trabalhando na ilegalidade. Os municípios de Barras, Campo Maior, Esperantina, Luzilândia, Batalha, Pedro II e Piripiri são os campeões nesse ranking. No entanto, uma outra questão vai de encontro a essa realidade: a falta de profissionais para fiscalizar.
“O CRF só possui dois fiscais para fiscalizar todo o Estado. Sabemos que o número é pequeno, mas estamos tentando abrir mais um concurso até o final do ano que vem para contratar mais um. Mesmo assim temos um plano de fiscalização anual onde conseguimos fiscalizar todo o Piauí. Uma vez por mês, na última semana, os nossos fiscais se deslocam para os municípios. No restante das semanas essa fiscalização é feita na capital”, garante.
Porém, não precisa pensar muito para saber que apenas dois fiscais não conseguem fazer um trabalho satisfatório em todos os 224 municípios do Estado. Para Alex Aragão, coordenador das ações de fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal, essa problemática em torno da competência para fiscalizar e da qualidade nessa fiscalização vem de muito tempo.
“Há vários anos existe esse impasse. O CRF tem a competência para fiscalizar os profissionais no exercício da profissão, mas não tem para fiscalizar o próprio estabelecimento. Aqui a situação é diferente do restante do país. Existe a lei federal nº 5991/1973, que estabelece isso, mas essa fiscalização é feita de outra forma. Essa situação de ilegalidade é complicada e aqui em Teresina apenas 60% a 70% das drogarias trabalham com responsável técnico”, alerta.
Fonte: 180graus.com
Absurda esta triste realidade. As drogarias funcionam como um ponto comercial qualquer, uma quitanda, uma bodega, …
Os medicamentos são vendidos de forma livre, até aqueles que exigem prescrição médica e retenção de receita, dentre eles, medicamentos abortivos. Aqui em Esperantina a realidade é semelhante a estes dados. Desculpe, é pior. A porcentagem de farmácias/drogarias irregulares é muito inferior aos 50% do restante do Estado. Recentemente, A Polícia Federal esteve na região, fechou algumas drogarias e algumas pessoas foram detidas. Porém, muito crime continua ocorrendo contra a saúde da nosssa população nestes estabelecimentos. É necessário que a próxima gestão municipal seja mais rigorosa contra este abuso.