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PT de Esperantina peca por omissão

Francisco MesquitaNa tradição judaica cristã da Igreja Católica Romana o pecado de omissão é “aquele que se comete quando se deixa de fazer o que estava ordenado”. Ou seja, o(s) individuo(s) sabe(m) o que tem que fazer e não faz(em), não toma atitude, ou toma iniciativa de não tomar iniciativa, deixa de fazer o que lhe foi orientado. Assim, torna-se omisso, relapso, desleixado.

Pecar é desobedecer a normas, preceitos, princípios e regras. Na linguagem religiosa, significa estar em falta com Deus, com membros do grupo com o qual se identifica e consigo mesmo. Então, o pecado por omissão pode ser praticado no mundo da política partidária? Diria que isto é possível sim.

Vejamos, portanto, o exemplo da falta de atuação do Partido dos Trabalhadores (PT) em Esperantina, na relação com o curtíssimo governo local PTista. O partido do PT, entendido como um grupo de pessoas com objetivos comuns direcionado a gestionar o poder de Estado, quase não influiu no governo que julgava ser seu, nem sequer, ao menos, reivindicou para si essa tarefa. Pode-se dizer que pela falta de atuação a referida agremiação política pecou por omissão.

Os dirigentes Ptistas, a quem cabe fortalecer o partido e impulsionar a governabilidade, pouco se empenharam em tão importante tarefa. O acúmulo e duplicidade de funções assumidas por algumas lideranças, em cargo de gestão pública e de dirigente partidário, não foi bem assimilado no âmbito do partido. Uma das partes saiu perdendo, nesse caso, a condução partidária foi quem perdeu. Pois, dois anos de governo do referido partido é tempo suficiente para ter se fortalecido enquanto um grupo politicamente estratégico, e assumido, de forma efetiva e eficaz, o governo que, em grande parte, era seu ou de sua responsabilidade. Mas não foi isto o que aconteceu, pelo contrário, ocorreu uma expressiva omissão política partidária.

Esta omissão diz respeito a pouca ação dos dirigentes partidários Ptistas de Esperantina, sobretudo os da executiva municipal, que se esquivaram na ação de por em marcha um programa de debate, diálogo e articulações (interno ao partido) com lideranças e entidades populares municipais, e, assim, deixaram de oferecer ao seu governo diretrizes político-administrativas capazes de nortear a gestão municipal. Nesse sentido, a inércia daqueles atores partidários assume, consciente ou inconscientemente, dimensão ainda mais grave, qual seja: a conivência (o ser cúmplice) com um processo em que o principal gestor público municipal, ao seu modo, restringiu o espaço político do partido e quase ignorou sua opinião em relação aos rumos do governo, e o PT ao invés de reagir, calou-se e baixou a cabeça.

O partido deixou que uma única pessoa comandasse diretamente a gestão pública (mas esta era sua tarefa), e indiretamente conduzisse o partido (que não era sua tarefa), pior, chefiasse uma inoperância no partido. Talvez este excesso de confiança das lideranças Ptistas em quem estava à frente do poder executivo tenha sido o segundo maior pecado do PT de Esperantina.

Uma simples lição é possível de extrair dessa situação: o excesso de confiança cega as pessoas.

Por Francisco Mesquita (Esperantinense e Professor).]]>

5 Comentários

  1. Caro Professor
    Até que enfim alguém acordou para tal realidade.
    O que se observa sobre aqueles que dirigem o partido dos trabalhadores em Esperantina é que são uma minoria de incompetentes e egoista que só visam se darem bem, ocupar bons cargos a custa dos filiados que nem se quer são ouvidos sobre as tomadas de decisões . Além de fazerem tudo errado, não são capazes de mesmo estando fazendo as coisas erradas serem capazes de corrigurem-se e dar a mão a palmatória.
    Isso tem que mudar ou o PT de esperantina já era.
    obrigado!

  2. Companheiro Mesquita,
    Parabens pela matéria, pois ela traduz a dura realidade que poucos aceitam, e esse foi o cenário que tanto me encomodou em pouco tempo que estive como secretário de fazenda. E ratifico na íntegra. E sendo ainda mais direto… O acúmulo e duplicidade de funções assumidas por Chico Antonio, em cargo de prefeito e indiretamente (ou diretamente) de “dono de partido” (ator autossuficiente), foi o seu “pecado maior” e o resultado foi desastroso. E as duas partes sairam perdendo, nesse caso, o Governo Municipal e o Partido dos Trabalhadores.

  3. A omissão está no compromisso com o cargo que lhe foi incubido, esses prefeitos que ultimamente estão governando esperantina estão sendo omisso em tudo que é responssabilidade deles como prefeito, na realidade estão interessado nos seus proprios meios de sobrevivencia, estão usando a prefeitura como tampolim para o sucesso deles. sendo assim esquecem o compromisso com a cidade, deixando a no caus, ruas emburacadas, lixo e mato no meio da rua,enfim… Se dermos uma olhada pra trás dá pra ver que o FPM de Esperantina antigamente dava para fazer alguma coisa e por que que hoje não dá mais? Esperantina não avavça mais e fica sempre na mesmiçe. Ah!! por que tudo depende de verbas do Estado e o governo não libera e se libera vem outro e impede e assim vão enganando ou seja destontiando( no popular). Depois quando é cassado acha ruim, se já tivesse acontecido outras vezes com outros governos omissos talvez hoje a história era outra. com dinheiro foi contruido o: prédio da prefeitura, a biblioteca municipal, a camara municipale outros mais? FPM!!!! Porque que dava e hoje não dá mais?? não será omissão?

  4. “Reeleição? Estou correndo disso”, deixa escapar o prefeito de Jacuí, no Sul de Minas, João Arantes (PSDB). Ele parece ser mais uma vítima de certa “epidemia” que se arrasta pelo estado, segundo outro chefe de Executivo: “Olha o meu cabelo. Não tinha fios brancos antes de ser prefeito, não. A prefeita de uma cidade vizinha está tomando remédio de tarja preta, coisa que nunca havia feito. O prefeito de outro município teve um piripaque. O outro prefeito reclama de enxaqueca todos os dias… Ninguém está dando conta”, comenta Giovane Neiva (PR), que comanda Catas Altas da Noruega, na Região Central. A menos de dois anos das eleições, prefeitos dizem que não desejam outro mandato. Para eles, “está difícil trabalhar” com orçamentos escassos, implicâncias da oposição, cobrança da população e fiscalização das câmaras municipais e do Ministério Público.
    Não tem deputado, senador, governador ou presidente da República que sirva: quando um morador de Jacuí, ou de qualquer outro pequeno município, vê um buraco em sua rua, precisa de leito para mãe doente, pretende colocar o filho numa escola pública ou deseja esgoto tratado em casa, exige que alguém solucione o problema mais do que depressa. “E quem está na linha de frente? O prefeito. Não importa se a responsabilidade não é sua. Você tem de resolver. E isso é muito desgastante”, afirma João Arantes, acrescentando que não pensa em reeleição. Ele diz que a crise econômica de 2009 complicou ainda mais o seu mandato. “Não dá para cortar gastos com educação e saúde. Também não posso reduzir a folha de pagamento. O jeito é não fazer investimentos.”
    No meio do mandato, o prefeito de Jacuí tem mais uma dor de cabeça pela frente. Segundo ele, com a expectativa de receber verba de emenda parlamentar ao Orçamento da União do ex-deputado federal Carlos Melles (DEM), fez uma obra na cidade. “O dinheiro não saiu, a empreiteira está me cobrando e agora não sei de onde tirar recurso para pagar”, afirma. Para completar, há ainda outro motivo citado por José Arantes para nem pensar em segundo tempo de mandato. “A cobrança é enorme de todos os lados. Ministério Público e Câmara Municipal não saem do meu pé”, afirma, corrigindo-se imediatamente para: “Não tenho problema com os dois órgãos, mas estão sempre cobrando informações”.

  5. Professor Mesquita, não foi só omissão que prejudicouo PT Esperantina, mas reconhecimento, gratidão, luta pelas causas sosiais, como é que passa anos e anos lutando pela opresão, coronelismo e quanto se atinge o objetivo da luta contra o coronelismo o primeiro ato é empregar todos os netos do coronelismo.
    Esquece-se reforma agraria; não pagamento da dívida externa; emprego publico( só atrvez de concurso publico); não persequição,esquece-ce de tudo

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