Dizem que a educação é o maior bem que um pai pode deixar. O que dizer então da possibilidade dos pais armazenarem a esperança de cura para diversas doenças que podem vir a acometer o filho?
No quesito avanços da medicina, na última quinta-feira (04), o Piauí escreveu mais um capítulo da sua história com a inauguração do escritório do Banco de Cordão Umbilical do Brasil em Teresina, primeira iniciativa dessa natureza no estado. A vantagem é que as mães terão a chance de armazenar o cordão umbilical dos seus bebês, uma das melhores fontes de células-tronco adultas, que há mais de 20 anos são usadas para tratar graves doenças, como alguns tipos de leucemia, anemia e linfoma.
Esteve na inauguração do banco, a presidente do Instituto de Pesquisa de Células-Tronco do Brasil e consultora do Banco de Cordão Umbilical, além de Phd em Biologia Molecular, Drª Lilian Pinero Eça, onde ministrou uma palestra sobre “Células-Tronco adultas do sangue do cordão umbilical: Melhorando a qualidade de vida dos pacientes”.
“Esse tipo de célula pode ser encontrado no sangue do cordão umbilical, no próprio cordão umbilical, no líquido amniótico, na medula óssea, na gordura, nos dentes e no interior de alguns órgãos, por exemplo, mas é no sangue do cordão umbilical que facilmente conseguimos captar grande número de células-tronco, e com o benefício de que ainda não sofreram nenhuma interferência por fatores externos”, explica a farmacêutica-bioquímica, Débora Alencar.
A rede pública de saúde já faz esse trabalho, a diferença é que no Banco de Cordão Umbilical de Teresina, que atuará na rede particular, as famílias têm a garantia de que aquelas células-tronco apenas poderão ser utilizadas pelo doador, diferente da rede pública de saúde, que faz a coleta de forma gratuita, mas não garante a exclusividade da utilização do material. A coleta é simples e indolor, tanto para mãe quanto para o bebê, e não interfere nos procedimentos rotineiros do parto.
O sangue do cordão é coletado em sistema fechado, protegido de contaminação, sendo retirado por meio de punção da veia umbilical. É realizado no centro obstétrico após a retirada do bebê e do corte do cordão umbilical. Todo material é acondicionado em uma caixa de transporte de material biológico e encaminhado para o laboratório de armazenagem, em São Paulo.
Colaboração: Cristal Sá