A bancada paulista do PT entrou nesta quinta (14) com uma representação no Ministério Público estadual contra José Serra, candidato do PSDB à presidência e funcionários e ex-funcionários da Dersa, empresa que constrói e administra rodovias em São Paulo.
Os deputados estaduais do PT pedem que sejam investigados o ex-governador José Serra, dirigentes e ex-dirigentes da Dersa – entre eles, o ex-diretor de engenharia Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. O ex-diretor esteve à frente de obras como o trecho Sul do Rodoanel.
O pedido de investigação se baseia em uma reportagem da revista “IstoÉ”, que publicou que o engenheiro teria arrecadado ilegalmente pelo menos R$ 4 milhões para campanha eleitoral do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Os recursos não teriam chegado ao comitê de campanha.
Entre as fontes citadas pela “IstoÉ” está o vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge. Nesta quinta-feira (14), em entrevista publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, ele negou a acusação, disse que sua frase foi distorcida pela revista e que o engenheiro nunca arrecadou recursos para a campanha.
Ao jornal, Paulo Vieira de Souza afirmou que não arrecadava caixa dois. Nesta quinta, em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, disse que a iniciativa dos deputados petistas “não vale nada” e “não irá adiante”.
Os deputados do PT também pedem que se investigue a filha de Paulo Vieira de Souza, funcionária de um escritório de advocacia que defende empreiteiras que prestam serviços para a Dersa.
O escritório afirma que a filha do engenheiro foi contratada em 2006 e que são “inconsistentes e maldosas” as tentativas de vincular a empresa com ilegalidades.
Com informações do G1