Período da piracema proíbe pesca comercial no Piauí a partir de 15 de novembro
O período de defeso da piracema começa no próximo dia 15 de novembro em todo o Piauí e segue até 16 de março de 2026.

Durante esses quatro meses, a pesca comercial estará proibida, em uma medida que busca preservar a reprodução natural dos peixes e garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros nas bacias hidrográficas do estado, especialmente no Rio Parnaíba.
De acordo com Renato Nogueira, gerente de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o período é essencial para o equilíbrio ecológico.
“Nesse intervalo, ficam suspensas as atividades de pesca comercial e também os eventos de pesca, como campeonatos e torneios. A fiscalização será intensificada em todo o estado, com foco nas áreas de barragens, cachoeiras e corredeiras, onde a proibição é total num raio de 1,5 mil metros. O objetivo é garantir que as espécies possam se reproduzir sem interferência humana”, explicou.
Embora a pesca comercial seja suspensa, algumas modalidades seguem permitidas, desde que cumpram as normas estabelecidas. Pescadores cadastrados podem atuar com linha de mão, vara, anzol, molinete ou carretilha, utilizando iscas naturais ou artificiais. Também está autorizado o transporte de peixes de pisciculturas com declaração de origem, e os estabelecimentos devem registrar seus estoques junto ao Ibama até o terceiro dia útil após o início do defeso.
A pesca de subsistência continua liberada, limitada a 5 quilos por dia, mais um exemplar adicional. Quem for flagrado desrespeitando o defeso pode ser multado em valores de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescidos de R$ 20 por quilo de pescado, além de responder judicialmente.
Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, a piracema é um momento crucial para a preservação da biodiversidade.
“O defeso é uma medida de proteção que garante o ciclo natural dos peixes e a renovação da vida nos nossos rios. Cumprir e fazer cumprir esse período é cuidar do presente e do futuro das nossas águas, das comunidades ribeirinhas e da biodiversidade piauiense”, destacou.
A Semarh reforça que as equipes de fiscalização atuarão em parceria com órgãos ambientais, forças de segurança e colônias de pescadores, monitorando pontos estratégicos em todo o estado. A orientação é clara: respeitar o defeso é preservar a vida e garantir o futuro da pesca no Piauí.
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