Polícia

Adolescente relata momentos de terror no cativeiro: “Disseram que já estavam cavando a minha cova”

O adolescente J.G., de 14 anos, detalhou à polícia, nesta sexta-feira (27/06), os momentos de tensão que viveu durante o sequestro ocorrido na noite de quinta-feira (26/06), no município de Monsenhor Gil, a cerca de 60 km de Teresina.

Ele foi localizado no início da tarde em uma casa usada como cativeiro na zona rural de Nazária, a aproximadamente 30 km da capital, durante operação conjunta das forças de segurança do Estado.

 

Segundo relato da vítima, os sequestradores o mantiveram sob constante intimidação e com os olhos vendados, para que ele não conseguisse identificar o trajeto nem o local onde estava sendo mantido em cárcere.

 “Eu só tinha a visão da frente, não tinha nenhuma visão de lado, pra eu não ver o caminho. Um deles sabia quem era meu pai. Eu nunca tinha ouvido falar deles, mas ele falou que sabia tudo de mim, onde eu morava, onde eu estudava”, contou.

 

Durante a abordagem inicial, o adolescente tentou resistir e chegou a morder e golpear um dos criminosos na tentativa de escapar, mas foi dominado.

 

“Eles me pegaram e me colocaram dentro do carro. Ainda tentei sair, só que era ruim. Eram quatro sequestradores. Saiu um primeiro, depois saiu outro, e quando estava quase saindo o último, um me pegou.”

 

Mesmo com promessas de que não seria ferido, o adolescente relatou ter sentido medo ao ouvir dos criminosos que “já estavam cavando a cova” dele.

Suspeitos morrem após confronto com a polícia

Horas após o resgate, dois suspeitos de envolvimento no sequestro foram localizados pelas equipes policiais. Durante a tentativa de abordagem, houve confronto. Os suspeitos foram baleados, socorridos no local e encaminhados ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiram aos ferimentos.

Ao todo, cinco pessoas já foram presas, incluindo um casal com antecedentes criminais. Segundo a Secretaria de Segurança, a motivação do crime foi financeira: os sequestradores exigiram R$ 250 mil da família da vítima.

180 Graus

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