Polícia

Familiares pedem justiça após morte de mulher em residência; ex-companheira foi presa

Familiares de Karita Joara de Lima Santos, de 35 anos, pedem justiça após a prisão de Maria do Perpétuo, principal suspeita de assassinar a ex-companheira, em Teresina.

As duas estavam juntas há cerca de 3 meses.

A tia de Karita e mãe de consideração, Maria Zilda, afirmou que a família nunca acreditou na hipótese de suicídio. Ela conta que segue consternada e sem entender o que teria motivado uma ação tão violenta. A tia da vítima também faz apelo para que a suspeita pague pelo crime cometido.

“O que eu quero agora é justiça. Não quero que fique só 30 dias não. Ela precisa pagar pelo que ela fez. Mara, você matou, Mara. Você matou uma filha, matou uma sobrinha, você matou um ser humano. Uma pessoa que nunca fez mal a ninguém. A gente que justiça. Eu acredito muito que ela vai pagar pelo que fez a minha sobrinha”, afirma.

Karita Joara foi encontrada morta dentro da sua residência, no bairro São Pedro, no dia 26 de setembro. A companheira, Maria do Perpetuo, estava com ela e alegou à polícia que encontrou Karita enforcada dentro de casa.

 

“Em momento algum acreditamos na hipótese de suicídio porque ela era uma menina cheia de vida. Por onde ela passava ela deixava alegria, deixava amizade. Criava duas cachorras que eram o amor da vida dela. Só veio cair a ficha no dia seguinte. Depois que o médico do IML disse que ela tinha uma pancada na cabeça não cogitamos a hipótese de suicídio. Ela nunca foi uma menina sozinha”, explica a tia.

Após perícia, foi identificado que Karita teria sido morta por estrangulamento. Com isso, o Núcleo de Feminicídio do DHPP prendeu na última quarta-feira (27) Maria do Perpetuo apontada como principal suspeita.

Família desconfia de ex-companheira

Maria Zilda lembra com detalhes o dia em que recebeu a notícia da morte de sua sobrinha. Ela narra que estava no trabalho quando foi acionada e precisou cuidar de toda a parte burocrática.

 

“Foi o dia mais difícil da minha vida. Eu estava de plantão e por volta de 2h da manhã eu recebi a ligação. A minha irmã me ligou e pediu para eu ir. Fomos direto ao IML e todo tenho eu com desejo de que aquela notícia não fosse verdade. Quando vi aquela cena foi impactante demais. Comecei a ligar para Mara para saber informações, mas não conseguíamos mais entrar em contato”, conta.

Durante o velório de Karita, a tia conta que a ex-companheira foi questionada pelos familiares da vítima sobre o que teria acontecido. Depois disso, alguns pontos começaram a chamar a atenção da família, como o fato de Maria do Perpétuo não ter prestado assistência após a morte.

 

“O fato dela não ficar, dela ter negado que o celular estava com ela e o fato dela ter ido ao velório e na despedida ela ter me abraçado e pedido desculpa. Essa cena nunca mais vou esquecer. Ninguém vai para um velório para dizer desculpa. Isso me dá uma revolta. Ela ter feito isso com a minha sobrinha e me abraçar”, lembra.

A suspeita seguiu mantendo contato com a família após a morte de Karita, o que também demonstrou a tia da vítima um comportamento não natural.

 

“Ela manteve contato, principalmente comigo. A gente conversou muito, ela me desejando força e sempre perguntando como eu estava. Outro fato que nos chamou a atenção ela dizer que não iria a missa de 7º dia por não saber se seria bem recebida ou não lá. A gente estranhou. Como nunca tivemos contato com ela, ela começou essas conversas comigo galando dos planos, que iam se casar, adotar 3 filhos e que ela sempre falava das tias, que no casamento eu seria a madrinha. Era estranha as conversas. Ela sempre mandando mensagem de visualização única”, encerra.

A polícia ainda trabalha na conclusão do inquérito do caso. A delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo caso, afirma que Maria do Perpétuo pode ser indiciada por feminicídio, por meio cruel, e fraude processual.

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