Nesta quinta-feira, Dunga falou pela primeira vez depois de ter xingado o jornalista Alex Escobar (Globo / SporTV) durante a coletiva de imprensa pós-jogo com a Costa do Marfim – vitória por 3 a 1. O comandante da seleção brasileira, porém, pediu desculpas somente ao torcedor brasileiro pelos palavrões e solicitou mais tranquilidade para exercer o seu trabalho.
“Quero pedir desculpas ao torcedor brasileiro, porque ele tem sempre nos apoiado e não tem nada a ver com os meus problemas pessoais ou alguma outra situação. Como brasileiro e como todo torcedor, só quero que me deixem trabalhar. O torcedor tem de estar feliz com a seleção”, declarou o técnico verde e amarelo.
No último domingo, o problema de Dunga foi com Alex Escobar, apresentador e comentarista da TV Globo / SporTV. Enquanto respondia a uma pergunta sobre Luis Fabiano, o técnico viu o jornalista balançar a cabeça. Ele parou de responder, perguntou a Escobar o que estava acontecendo e depois começou a sussurrar palavrões, captados pelos microfones e transmitidos ao vivo para todo o mundo.
Dentre outros xingamentos impublicáveis, chamou-o de ‘cagão’. Nesta quinta-feira, na coletiva oficial da Fifa, o treinador em nenhum momento se indispôs com os jornalistas e ainda se emocionou ao falar sobre o seu pai, Edelceu Verri, que está internado em um hospital de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Ele sofre de Alzheimer há oito anos e seu estado teria se agravado nos últimos meses.
– Não é a primeira vez que meu pai está nessa situação. Para mim é mais uma oportunidade de eu mostrar a ele tudo o que me ensinou. Que para ser homem é preciso ter posição, dignidade, transparência e saber pedir desculpas – disse.
Na mesma resposta, Dunga lembrou de sua mãe, Dona Maria. É ela quem acompanha de perto, todos os dias, o drama de Edelceu. – Mais do que sofrer ao lado do meu pai, a minha mãe me deu o maior exemplo: que o que estão fazendo com o filho dela não é para fazer com um ser humano. Fizeram chacota comigo quando eu disse que ela era professora de história, mas nós temos mesmo de ser patriotas – finalizou o treinador.
A referência de Dunga ao fato de sua mãe ter sido professora de história foi porque, quando da convocação para a Copa do Mundo, ele disse na coletiva que não poderia falar se a ditadura ou a escravidão haviam sido coisas ruins porque não viveu a época. – Quem esteve lá, quem sofreu, esse sim pode dar opinião. Eu não posso dizer se a ditadura era boa ou ruim, se eu quero que volte. Só quem viveu é que pode nos dar a resposta – disse então.
Fonte: Uol e Globoesporte.com
Ainda bem que esse ai não cospe no prato que come, PARABÉNS pela sua atitude de ser humanistico!