Policial é preso acusado de atropelar e matar ex-vereador no Litoral do Piauí
Após atropelar a vítima, o sargento da Polícia Militar fugiu do local, sem prestar socorro.
O sargento da Polícia Militar do Piauí, Renato Pedrosa Soares, foi preso nesta segunda-feira (19), acusado de atropelar e matar o pastor e ex-vereador de Parnaíba, Wanderley Sampaio de Moraes em um acidente de trânsito.
A vítima foi atropelada no dia 30 de julho na BR 402, e chegou a ficar internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), onde morreu três dias depois.
Segundo informações do delegado Ayslan Magalhães, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Parnaíba, Wanderley Sampaio estava empurrando uma motocicleta nas margens da rodovia, quando acabou sendo atropelado pelo veículo que era conduzido pelo sargento Renato Pedrosa Soares.
A autoridade policial também esclareceu que, ao ser preso, o policial militar confessou estar na condução do automóvel no momento do acidente.
“A Polícia Civil investigou o caso, realizou várias diligências até chegar à autoria. Conseguimos identificar o veículo e o condutor, que confessou o crime, a autoria do fato, e disse que se tratava apenas de um acidente de trânsito, que a vítima que estava errada por empurrar a moto no acostamento, e que por isso não conseguiu desviar”, afirmou o delegado Ayslan Magalhães.
Durante as diligências, o relatório da Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF) também apontou que o acidente foi causado pela falta de sinalização e de acostamento no local. Entretanto, a conduta posterior ao acidente fez com que o sargento Renato Pedrosa Soares se tornasse alvo de inquérito por homicídio culposo. Isso porque, após atropelar o pastor Wanderley Sampaio, ele se evadiu do local, sem prestar socorro.
Conforme o delegado responsável pelo caso, o atendimento depois do atropelamento era algo crucial, que poderia, inclusive, ter salvado a vida do ex-vereador.
“O comportamento posterior ao crime do autor indicou o homicídio culposo, porque ele não prestou socorro, ele não se prontificou a acionar o SAMU ou qualquer outra pessoa que pudesse atender a vítima naquele momento. Provavelmente se o socorro tivesse sido imediato, talvez estaria vivo ainda”, finalizou o delegado Ayslan Magalhães.
Por Carolina Matta/GP1