Da ostentação a prisão: conheça Anderson, suspeito de liderar fraude bancária de R$ 19 milhões
Anderson Ranchel, preso pela Polícia Civil do Piauí (PC-PI) em uma operação contra uma organização criminosa suspeita de causar um prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira brasileira, ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.
Em seu perfil do Instagram, ele compartilhava imagens de passeios em carros luxuosos e viagens internacionais para países como Alemanha, Estados Unidos, França, Colômbia, Canadá, Noruega, Portugal, Espanha, Panamá, Argentina, Paraguai, Noruega, Inglaterra e Holanda, muitas vezes acompanhadas de legendas motivacionais.
No entanto, essa vida de luxo contrasta com as acusações que pesam sobre ele, sendo um dos suspeitos envolvidos em um esquema de fraude bancária que causou um prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira no Brasil. Desse valor, R$ 6 milhões estão relacionados a fraudes praticadas em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.
A operação, denominada “Prodígio,” foi conduzida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí, em conjunto com a Superintendência de Operações Integradas – SOI e as Diretorias de Inteligência da SSP-PI e PC-PI. A ação resultou na execução de 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão temporária em várias cidades, incluindo Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.
A investigação policial, que durou mais de um ano, revelou um esquema de fraude bancária no qual os suspeitos cooptavam indivíduos para abrir contas bancárias com informações falsas, a fim de aumentar o limite de crédito concedido pelo banco. Após a abertura das contas, o grupo simulava transações bancárias para fazer parecer que a renda declarada era legítima. Uma vez que acreditavam ter atingido o limite máximo de crédito possível, deixavam de efetuar pagamentos.
Para movimentar o dinheiro proveniente das fraudes, a organização criminosa criava empresas fictícias e usava diversos meios de pagamento, como cartões de crédito e boletos bancários, envolvendo múltiplas empresas do sistema financeiro para dificultar a investigação policial.
O nome da operação, “Prodígio,” faz referência ao fato de que alguns dos investigados, jovens com idades entre 19 e 21 anos, se apresentavam ao banco com profissões improváveis, como médicos e engenheiros, o que chamou a atenção das autoridades.
A operação também revelou que o líder do grupo, Anderson Ranchel, inicialmente usou sua esposa como “cobaia” para testar o golpe antes de recrutar mais pessoas. O esquema criminoso envolveu diversos indivíduos, a maioria deles sem histórico criminal anterior.
A Polícia Civil do Piauí pretende compartilhar provas com outras unidades da federação, uma vez que o esquema de fraude bancária se estendeu por mais de 15 estados do Brasil. A investigação continua, e novas prisões podem ocorrer à medida que mais evidências são reveladas. Este é apenas o começo de uma operação nacional que visa desvendar e responsabilizar os envolvidos nesse esquema de fraude milionária.
Veja quem participou do esquema:
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