Médico preso suspeito de matar morador de rua é solto após decisão judicial
O médico ortopedista Albert Basílio Medeiros, preso suspeito do assassinato de um morador de rua, foi solto na tarde desta quarta-feira (02) após decisão judicial.
O mandado de prisão temporária, cumprido pela manhã, foi revogado e o médico agora aguardará o decorrer das investigações em liberdade.
Pela nova decisão, ele não poderá se ausentar da comarca de Teresina e deve cumprir uma série de medidas cautelares.
“Agora a tarde, tramitado o procedimento de comunicação, recebemos uma nova decisão judicial que o magistrado teria emitido no sentido de revogar a prisão temporária, com condições, após um pedido feito pela defesa. A decisão judicial chegou e demos cumprimento, mas a investigação continua tramitando aqui no DHPP”, informou o delegado Jorge Terceiro, responsável pelas investigações.
O mandado de prisão foi cumprido por agentes do DHPP pela manhã, na clínica onde Albert Basílio trabalha, no bairro Marquês, zona Norte de Teresina.
O médico prestou depoimento e negou ter cometido o crime. Os advogados ingressaram com um pedido de revogação da prisão e o alvará de soltura foi expedido durante a tarde de hoje.
Matéria original
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu nesta quarta-feira (2) o médico ortopedista Albert Basílio Medeiros suspeito pelo assassinato de um morador de rua. A informação foi confirmada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta.
A investigação apontou que o médico matou o morador de rua – Francisco Eudes dos Santos Silva, vulgo Cabeludo – durante discussão porque ele teria quebrado o vidro do carro do médico para cometer um furto no dia 24 de abril de 2022 na praça João Luís Ferreira, no Centro de Teresina.
O médico foi preso em uma clínica onde trabalha, no bairro Marquês, zona Norte de Teresina. Albert Medeiros é proprietário de uma Land Rover.
“Era uma noite chuvosa e os moradores de rua estavam todos num ponto de ônibus na rua Sete de Setembro, nas proximidades da Praça João Luiz Ferreira. O médico foi reconhecido por uma série de pessoas. Ele teria ofertado R$ 400 reais para que as pessoas apontassem quem era o Cabeludo. Ele deu uma volta, e voltou ofertando R$ 500. Ele identificou o cabeludo e atirou nele, diante de várias pessoas”, relembrou o delegado.
Cabeludo foi morto com dois tiros, um na perna e outro na cabeça. No momento do crime, o médico estava na companhia de outra pessoa no carro.
“Essa pessoa também está listada nos autos e vai ser indiciada pelo crime de homicídio, também. Pelo menos dez pessoas, em situação de rua, que presenciaram o crime foram ouvidas na investigação”, disse o delegado.
A arma usada no crime não foi encontrada. O delegado Jorge Terceiro está presidindo o inquérito.
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Por Tiago Melo, Adriana Magalhães e Breno Moreno