Acidente

Piloto de avião concede 1ª entrevista e diz que fiação elétrica ajudou a salvá-los de tragédia

Por videochamada, direto do hospital, o advogado e piloto de avião, Arcedino Concesso, concedeu a primeira entrevista à TV Cidade Verde após passar por um sufoco de fazer um pouso de emergência em um campo de futebol em Teresina, na última segunda-feira (12).

O piloto falou com exclusividade ao apresentador do Jornal do Piauí, Joelson Giordani, que também é diretor de jornalismo da TV Cidade Verde. Ele disse que a fiação elétrica pode ter salvado a vida dele e a dos passageiros.

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Do Hospital São Marcos, onde está internado junto com sua esposa, a médica Juliana Plácido e sua sogra, Maria Graci da Silva, Arcedino relembrou os momentos que antecederam ao acidade e falou sobre sua paixão pela aviação.

O piloto e a família levantaram voo de Fortaleza (CE) com destino a Araguaina (TO), onde a família reside. Arcedino relembra que o voo atrasou, um pouco, em virtude de uma chuva que caia na Capital do Ceará, no horário de embarque.

O piloto explicou que tinha autonomia de combustível suficiente para fazer a viagem entre as cidade de Fortaleza (CE) e Araguaina (TO), mas que optou por fazer uma parada em Teresina (PI) para reabastecer.

“A minha aeronave tem autonomia de voo para fazer o trajeto entre Fortaleza e Araguaina, mas eu nunca gostei de andar com pouco combustível, por isso decidi parar em Teresina para reabastecer”, explicou o piloto.

Segundo Arcedino, o reabastecimento aconteceu normalmente e após iniciar os procedimentos de decolagem, ainda na pista, percebeu que uma das travas da porta do avião não estava fixada corretamente.

“Ainda na pista percebi que uma das travas da porta não estava corretamente fixada. O meu avião tem duas travas na porta. A falha de uma trava não traz risco iminente para a aeronave, mesmo assim resolvi voltar para corrigir. Solicitei a autorização, que foi imediatamente concedida pelo aeroporto. Mas o motor da aeronave não se comportou como deveria, não conseguimos ganhar a altitude necessária e precisei fazer um pouso forçado”, relembra o piloto.

Arcedino relembra que antes de pousar no campo Bariri, o avião bateu na rede elétrica e que isso ajudou a reduzir a velocidade da aeronave. “Foram uma série de coincidências positivas. Bater na rede elétrica nos ajudou muito a reduzir a velocidade e parar. Um campo de futebol num espaço tão habitado foi outro fator que corroborou a nosso favor. Deus me mostrou aquele lugar e não tive dúvidas”, disse.

Durante a entrevista, Arcedino repetiu o apelo para que as pessoas não compartilhem informações falsas. “A minha aeronave tem capacidade para três passageiros e um tripulante, que no caso sou eu, proprietário e piloto. A minha filha é muito pequena e pode viajar com outro passageiro”, explica.

Falando na família, Arcedino relembrou o alívio de saber que todos estavam bem.

“Quando o avião parou a minha sogra foi a primeira pessoas a sair, em seguida retirei minha filha pequena e minha esposa. A minha filha mais velha estava com dificuldade para respirar, como eu, por conta de uma compressão na lombar. Eu falei com ela ‘vamos filha, precisamos sair’ e retirei ela da aeronave. Perceber que todos estávamos bem me deu um grande alívio, saber que não machucamos ninguém em terra, também”, relembrou.

A filha mais jovem não teve nenhum ferimento, já a adolescente sofreu uma luxação na lombar e está de repouso em casa.

Sobre as cirurgias Arcedino explicou que tanto ele, sua esposa e a sogra sofreram fraturas na região lombar da coluna.

“Tivemos fraturas na mesma região, mas em vértebras diferentes. As cirurgias tiveram como objetivo fixar a coluna, retirar fragmentos de ossos resultado da fratura e descomprimir a médula. Havia um risco de perda de movimentos caso não fizéssemos a cirurgia”, disse Arcedino.

Paixão pela aviação

Arcedino confessou ao apresentador Joelson Giordani que a paixão pela aviação continua e que “daqui um tempo” ele pretende voltar a voar.

“Acredito muito na aviação. O avião é um meio de transporte seguro. Pretendo voltar a voar. Não sei dizer quando, porque tudo acabou de acontecer, mas pretendo voltar a voar, sim”, disse animado.

Por Adriana Magalhães e Joelson Giordani

 

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