Golpe pelo WhatsApp faz nova vítima e mulher perde R$ 35 mil em Teresina
Em um mês, quase dez inquéritos policiais foram instaurados no 6º Distrito Policial para apurar golpes praticados pela internet.
Na última sexta-feira (05), uma mulher perdeu R$ 35 mil após clicar em um link malicioso, enviado por meio de uma mensagem pelo WhatsApp, que permitiu que o criminoso invadisse o aplicativo do banco instalado em seu aparelho celular.
O delegado Odilo Sena estima que de 30% a 40% dos crimes investigados têm relação direta ou indireta com fraudes semelhantes.
“É uma reformulação do golpe do WhatsApp e da falsa central. A vítima recebe uma mensagem como se fosse do banco. Inclusive, o número é o mesmo do banco porque eles usam um aplicativo para driblar e isso faz com que você quebre um pouco o seu alerta. Na mensagem, o criminoso diz que é da segurança cibernética do banco, diz que percebeu uma transação comercial um pouco fora do padrão e queria confirmar se foi a vítima. Aí envia um link orientando a clicar SIM ou NÃO. Nisso, no ato de clicar, a vítima perde todo controle do banco”, explica Odilo Sena.
O delegado acrescenta que, a partir do momento em que a vítima clica no link, o criminoso assume o controle do aplicativo bancário.
“Clicou no link, o link subtraiu o controle do aplicativo e ela perdeu todo esse dinheiro. Várias pessoas, nas mais diferentes delegacias, estão nos procurando não só por esse golpe, mas por outros que eles estão reformulando ou criando novos”, reforça o titular do 6º DP.
Ao Cidadeverde.com, ele revelou que há vítima em Teresina que perdeu R$ 157 mil. Odilo Sena destaca que, quando o criminoso entra em contato com a vítima pelo WhatsApp, já teve acesso a informações pessoais.
“Quando entra em contato, já quebraram a primeira barreira. Existe a senha do aplicativo e a senha bancária. Quando os criminosos entram em contato com a vítima é porque, de alguma forma, eles já descobriram a senha do aplicativo, por meio de malware, engenharia social, pediram sua senha e você deu. A partir do momento que você clica no link, é dado um sinal, e você perde todo o controle por esse aplicativo”, explica Sena.
O delegado diz que a maioria dos golpistas são de outros estados, uma estratégia utilizada para dificultar a investigação. “Já os fraudadores do nosso estado, por exemplo, aplicam o golpe em outra região como no Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, justamente porque a distância é um complicador”, reitera.
Ao Cidadeverde.com, Odilo Sena repassou orientações para evitar golpes pelas internet.
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Por Graciane Araújo