Os meios de comunicação se revelam como o quarto poder na sociedade. Desde o advento da imprensa, muito tem-se criado para fazer dela um meio de atingir interesses específicos.
Sabemos que hoje são as novidades técnicas que permeiam o mundo da comunicação. Nesse ambiente marcado pelos avanços da tecnologia e, também, pelo design de modelos dos produtos gerados pelos meios de comunicação, surge o jornalista como figura reprodutora dos acontecimentos.
Ao menos em teoria, o papel do jornalista é ser instrumento transmissor de notícias junto à comunidade. Pelo fato de brotar da história e dos fatos cotidianos, o jornalismo se apresenta muitas vezes de forma mecanizada, ou seja, não sendo agente humanizador a partir da notícia que veicula. Devemos descobrir a importância do jornalismo e do jornalista, e como estes contribuem no aperfeiçoamento da sociedade. Principalmente no tocante às reflexões e no auxílio do processo de democratização das idéias, conceitos e estruturas vigentes.
Considero que a imprensa, dada sua história, evolui como importante meio de comunicação, e assim incita as classes políticas a mostrar de mais a mais seus interesses por esse novo meio de divulgação pública e transmissão de massa. Visualizaram aí uma força em potencial para a disseminação dos ideais políticos e para chegar ao maior número possível de pessoas.
A partir desse momento, então, deu-se início ao processo que podemos chamar de “manipulação”. A atividade do jornalismo é na sociedade contemporânea, muitas vezes, uma máquina simbiótica que tem por objetivo vender seu produto: a notícia. O papel do jornalista, nesse sentido, não pode ser unicamente o de apresentar os fatos, pautado pela ética e pela busca da verdade. É importante que ele tenha consciência do que seja a verdade. Cabe a esse profissional da informação ir além da simples captação da informação. Ele deve ser um agente transformador da sociedade e, através de sua profissão, sensibilizar e criar alternativas de modificação do contexto social.
Sabemos que o jornalista e o jornalismo precisam pensar e repensar sua função junto à comunidade em que estão inseridos. O papel do jornalista como agente conciliador, gerador e modificador de contextos, mediante seu papel de transformação pode criar melhorias para a sociedade. A grande mídia hoje em dia não se preocupa com as variantes sagas da grande maioria da população. Poucas são as pessoas que têm acesso às revistas semanais e mensais. A informação está conferida unicamente a um grupo privilegiado de pessoas.
A preocupação com um jornalismo sério, e que de fato cumpra com sua verdadeira intencionalidade, mostra que refletir e encontrar as verdadeiras razões da sua existência é fundamental não somente academicamente, mas também profissionalmente. Temos que refletir qual o papel dos grandes meios de comunicação (a grande imprensa), o que eles têm feito para a melhoria da sociedade, e qual o papel que pode ser desempenhado pelos profissionais da comunicação na busca da igualdade entre as pessoas, no que diz respeito ao acesso à informação e aos bens gerados pela imprensa em geral.
Por: Frei Isaias Silva Pinto