Polícia

Caso Iarla: ex-tenente vai a júri popular na próxima quarta-feira

O ex-tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, acusado de matar a tiros a estudante Iarla Lima Barbosa, em julho de 2017, vai à júri popular na próxima quarta-feira, 24 de novembro, no Fórum Criminal de Teresina.  Ele responde por homicídio triplamente qualificado e poderá pegar uma pena de até 30 anos de prisão.

Apesar da confirmação da data, familiares temem que audiência seja adiada porque o ex-tenente, que reside atualmente em Pernambuco, ainda não foi intimado.

De acordo com informações da advogada da família de Iarla Lima, Karla Oliveira, o oficial de Justiça de Recife (PE) não conseguiu localizar José Ricardo na capital pernambucana.

“A carta precatória foi enviada de Teresina para Recife, mas voltou sem que ele fosse intimado”, afirmou a advogada de acusação ao acrescentar que o  juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antonio Noleto, pediu que o acusado estivesse presencialmente na audiência.

“E a juíza de Recife devolveu a carta precatória pedindo que a audiência fosse feita por videoconferência e reiterou que o réu não foi localizado”, completou a advogada Karla Oliveira.

Indagada sobre a possibilidade do réu ter desaparecido por estratégia da defesa, a advogada Karla Oliveira disse que não pode afirmar,mas ressaltou que não tem dúvida que se trata de uma estratégia.

“O advogado de José Ricardo tem tentado protelar o juri com algumas novas solicitações que já foram negadas. Eles querem que um médico testemunhe a insanidade mental do réu e seja feita uma simulação do crime. Mas tudo isso já foi negado”, afirmou Karla Oliveira.

A audiência está marcada para acontecer no dia 24 de novembro de 2021, a partir das 8h45, no plenário do Fórum Cível e Criminal de Teresina. O julgamento também deverá ser transmitido através do Youtube.

INSANIDADE

A 2ª Vara Especializada Criminal negou o pedido de instauração de insanidade mental do acusado de matar a estudante Iarla Barbosa, o ex-tenente do Exército José Ricardo da Silva Neto.  A decisão também encaminha o réu “ao julgamento pelo Tribunal do Júri, em conformidade com o parecer verbal do representante do Ministério Público”.

CRIME 

O crime ocorreu na madrugada do dia 19 de junho de 2017, após o casal deixar um bar na avenida Nossa Senhora de Fátima. De acordo com a polícia, o ex-tenente fez os disparos contra a namorada dentro do carro, durante uma discussão. Iarla Barbosa morreu no banco da frente do veículo.

A irmã dela e uma amiga também foram atingidas e sobreviveram. Elas conseguiram fugir do carro.

O oficial temporário do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (2º BEC) foi preso horas depois do crime no apartamento que residia, no bairro Santa Isabel, zona Leste de Teresina, ferido. Ele também efetuou um disparo na própria coxa.

O corpo de Iarla estava dentro do veículo, no estacionamento do condomínio. A Polícia Militar foi até o local e conseguiu que ele se rendesse entregando a arma usada no homicídio.

 

 

Por Nataniel Lima

 

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