Defesa do jornalista Arimatéia Azevedo questiona prisão e pede habeas corpus
O jornalista Arimateia Azevedo, preso na manhã desta quinta-feira (07) por determinação judicial, passou por audiência de custódia no Fórum Criminal de Teresina e foi encaminhado para a penitenciária Irmão Guido, na BR 316.
De acordo com o advogado Paulo Germano Aragão, que representa o jornalista, Arimatéia deve ocupar uma sala de estado maior no presídio, devido à idade avançada (68 anos) e os problemas de saúde que enfrenta.
Arimateia Azevedo e o advogado Rony Samuel são investigados em um inquérito que apura uma suposta tentativa de extorsão contra um empresário do ramo de medicamentos.
Segundo o advogado de defesa, um pedido de habeas corpus foi apresentado ao poder judiciário para revogar a prisão preventiva. Paulo Germano Aragão diz que Arimatéia Azevedo não tinha conhecimento da troca de mensagens entre o advogado Rony Samuel e o empresário que foi vítima, apontada pelas investigações como uma tentativa de extorsão.
“Ele na verdade foi uma vítima no processo. O que está sendo dito é que o sujeito chamado Rony, que é uma pessoa que passa informação para os jornalistas, uma fonte, teria achacado o empresário. Não utilizou o nome de Arimatéia Azevedo e nem o empresário, no depoimento, não utilizou o nome do Arimatéia Azevedo. De maneira impressionante, uma decisão manda prender o Arimatéia. A prisão é teratológica, fora do normal”, destacou o advogado.
A defesa também questiona o fato de a prisão ter sido decretada sem o jornalista ter sido ouvido durante as investigações.
“Os direitos fundamentais dele não foram respeitados. É um homem de 68 anos que acabou de passar por uma cirurgia cardíaca”, disse.
Cidade Verde