Operação prende suspeitos de tráfico de drogas sintéticas em Teresina e no interior
Suspeitos de vender drogas sintéticas e semi-sintéticas no Piauí foram presos nesta quinta-feira (22) pela Polícia Civil, por meio da operação Conexão Artificial.
O nome faz alusão à associação criminosa montada para a venda de drogas modificadas artificialmente.
A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) e verificou, segundo o delegado titular, Luciano Alcântara, que grupos de tráfico se “especializaram” na venda de drogas sintéticas.
“Percebemos a conexão entre os investigados, sendo que dentre as drogas apreendidas com estes temos o skunk, haxixe, crumble, MDMA e ecstasy”, informou.
Em entrevista, o delegado relatou a última etapa da operação, realizada em Pedro II, Piripiri e Teresina, e que resultou na prisão de um dos maiores especialistas no cultivo da Cannabis Sativa. O homem ainda não identificado possuía autorização judicial para a produção da droga em pequena escala e para fins terapêuticos, mas não respeitou os padrões determinados.
“Ele extrapolou os limites da autorização, ele fazia extração de sementes para chegar em drogas mais fortes. O THC, fator alucinógeno da Cannabis é de 3 a 5%, já do skunk é de 15 a 30% e do crumble já é bem maior. Ou seja, ele estava produzindo uma droga mais sofisticada, que com certeza tinha um nicho, para pessoas com maior poder aquisitivo. Tinha estufa na casa dele, tinha estufa em mais outros dois locais, então tivemos certeza de que ele não estava só armazenando”, contou o delegado.
“Nos anos de 2020 e 2021 foram presos vários integrantes deste grupo, sendo que alguns permanecem presos até o momento. Alguns destes investigados residiam em apartamentos da zona leste da capital e um alvo conseguiu decisão judicial para importar sementes e cultivar cannabis sativa para fins medicinais”, informou a Polícia Civil.
Áudios comprovaram o tráfico
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Durante a operação, a policiais utilizaram escutas telefônicas. Em áudios divulgados, é possível ouvir suspeitos negociando valores e detalhando o tráfico no litoral piauiense.
“Ei, quanto é que você acha que consegue vender o quilo de “Kank” aí, mano (sic)? Na Pedra do Sal ou em BG, Parnaíba, quem você acha que tá pagando melhor, que compraria um quilo de “Kank” à vista?”, é possivel ouvir um dos suspeitos falando. “Meio, 750 no máximo”, outro responde.
Segundo a polícia, após meses de investigação a polícia solicitou as prisões preventivas dos investigados e a Justiça expediu os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão dos alvos da referida operação. Até o momento, 7 pessoas ainda não identificadas foram presas.
G1-PI