Médica assassinada tinha 18 perfurações no corpo, diz delegada Luana Alves
A fúria do criminoso que assassinou a médica Caroline Naiane Brito Barbosa, 33 anos, foi tamanha que desferiu pelo menos 18 perfurações de faca no corpo da vítima.
A informação foi confirmada pela delegada Luana Alves, da Delegacia de Feminicídio, que investiga o caso.
O principal suspeito é o ex-marido dela, Kelson de Alencar Andrade. O veículo do ex-marido colidiu com uma carreta na BR-316 ontem à noite e como o corpo está completamente carbonizado, o Instituto Criminalística fará exame para saber se o corpo é mesmo de Kelson de Alencar.
Luana Alves que esteve no local do crime disse que no apartamento estava o namorado da médica e a filha de cinco anos.
“O rapaz disse que não viu nada, apenas o grito da moça, quando viu ela estava caída no chão. Geralmente são crimes rápidos e ele disse que não conhecia o ex-marido da vítima e que eles estavam tendo um relacionamento de um mês”, disse a delegada.
Luana Alves informou que há suspeita de que ele não aceitava o fim do relacionamento e que o ex-marido tinha acesso ao apartamento da médica e da filha do casal. Caroline Naiane foi morta ontem por volta das 18h30 dentro do seu apartamento no condomínio Colinas do Poty, no bairro Primavera, zona Norte de Teresina.
“O crime há indícios de ciúmes. O laudo no local consta 18 perfurações no corpo da vítima, entre eles no seios, pescoço, quadril, que é sempre assim em crimes de feminicídio, locais que simbolizam que ele quer matar algo feminino”, disse a delegada.
Filha está com avó
Após o crime, o ex-marido levou a filha de cinco anos e deixou com avó que mora no mesmo condomínio da médica.
Luana Alves informou ainda que vai investigar se há registro de denúncia da médica contra o ex-marido na Polícia.
Ela disse ainda que no inquérito vai ouvir o namorado da médica, os vizinhos e parentes do casal.
“Mesmo com a possibilidade do autor estando morto o inquérito será feito”, disse Luana Alves.
O corpo de Caroline foi liberado ontem por volta da meia noite após exames no IML.
Por Yala Sena