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Escrivão preso por vender motos apreendidas pode perder cargo público

O escrivão da Polícia Civil, Carlos Alberto Pimentel, que foi preso suspeito de desviar motocicletas apreendidas pela polícia na última segunda-feira (11) em Porto, está preso no 13° Distrito Policial em Teresina e responderá um processo administrativo, em que poderá perder o cargo público na polícia.

“O Pimentel prestou serviços como escrivão na delegacia de Barras até outubro do ano passado, quando foi transferido junto com o delegado para Porto. Lá, ele se associou a mais cinco pessoas, formando uma organização criminosa que roubava as motocicletas apreendidas. Ele tirava os veículos do pátio e levava para uma oficina onde elas eram revendidas”, relatou o delegado Emir Maia, Corregedor geral da Polícia Civil do Piauí.
De acordo com Emir, Pimentel poderá responder como Civil. “Foi expedido um mandado de prisão preventiva contra ele. Carlos Alberto Pimentel espera responder o inquérito administrativo. Se ele for acusado, perde os direitos de funcionário da Polícia Civil e responderá como civil”, acrescentou o delegado Emir Maia.
Segundo informações da Polícia Civil, o escrivão adulterava boletins de ocorrência, liberava os veículos das dependências do distrito policial e vendia com a ajuda de outros suspeitos. Além dele, quatro pessoas já foram presas e uma está foragida.
De acordo com a investigação, a fraude foi percebida quando Polícia Militar de Porto apreendeu uma motocicleta, que deveria estar no pátio da delegacia, na residência de um suspeito durante uma operação policial. Até o momento, a polícia identificou 14 veículos desviados.
“Um veículo, que foi apreendido, se encontrava na residência de um traficante da região. Começamos a investigar como esse veículo tinha parado lá. Identificamos que vários outros veículos, que deveriam estar apreendidos no pátio da delegacia de Porto, haviam sido restituídos através do pagamento de propina ou tinham sido vendidos”, explicou o delegado Renato Pinheiro.
Carlos Alberto Pimentel, agia segundo o delegado, quando ele não estava nas dependências da Delegacia de Porto. “Ele desviava as motos nos finais de semana, quando diminuem os responsáveis no distrito, e durante minhas férias em janeiro”, relatou Renato Pinheiro.
Além do escrivão, quatro pessoas foram presas e uma está foragida. Conforme o inquérito policial, o mecânico Franciso Josemar Lopes foi preso suspeito de comprar motos. Já o guarda municipal Francisco Bento da Silva, mais conhecido como Tetê, também comprava motos e intermediava vendas. O empresário Ferdinand Lopes da Silva teria consertado veículos e intermediado vendas. O empresário Ronaldo Rocha Queiroz consertava, comprava e intermediava vendas de veículos da delegacia. Bruno Machado Sampaio está foragido. Enquanto o bacharel em direito teria comprado e revendido motos.
“Na organização criminosa, Pimentel, o líder da organização, era quem reunia pessoas para consertar e vender motos”, contou o delegado de Porto.
Longah

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