O Piauí não teve êxito no primeiro leilão para compra de energia eólica pelo governo federal. Dos 339 projetos habilitados tecnicamente, apenas 13 eram para parques em terras piauienses e nenhum foi contratado.
As propostas apresentadas envolviam empreendimentos em oito estados. Dos 71 projetos que foram contratados, a maior fatia está no Rio Grande do Norte (23). Bahia (18), Ceará (21), Rio Grande do Sul (oito) e Sergipe (um) foram os demais contemplados. Espírito Santo e Santa Catarina também ficaram de fora.
O leilão resultou na contratação de 1.805,7 MW (megawatts), a um preço médio de venda de R$ 148,39/MWh. Juntos, os 339 empreendimentos propostos apresentavam capacidade instalada de 10.005 MW, o que corresponde a mais de dois terços de Itaipu ou uma vez e meia o complexo hidrelétrico do Rio Madeira.
A compra foi realizada na modalidade de reserva, que se caracteriza pela contratação de um volume de energia além do que seria necessário atualmente para atender à demanda do mercado total do país. As empresas vencedoras assinarão contratos de compra e venda de energia com 20 anos de duração, válidos a partir de 1º de julho de 2012.
Os 13 projetos do Piauí somavam capacidade de 336 MW.
Com 339 empreendimentos na disputa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou hoje (14), pela primeira vez, na internet, um leilão exclusivo para contratação de energia elétrica gerada pelo vento (eólica). O leilão ocorreu na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, com o objetivo de reforçar a geração energética a partir de fontes renováveis. O Piauí é um dos estados com projeto habilitado a participar da disputa.
Os 339 empreendimentos participantes prevêem um total de 10.005 Megawatts. Do total de projetos habilitados, 108 estão no Ceará, com potência total de 2.515 MW; 105 no Rio Grande do Norte, com capacidade de 3.629 MW, e 67 no Rio Grande do Sul, com 2.238 MW. O restante está distribuído entre os estados da Bahia (1.004 MW), Espírito Santo (153 MW), Piauí (336 MW), Santa Catarina (75 MW) e Sergipe (54 MW).
Os estudos disponíveis mostram que o potencial brasileiro para esse tipo de geração pode chegar a 145 mil MW, mas a potência das usinas eólicas em funcionamento é de apenas 602 MW, em 36 empreendimentos.
O preço inicial por Megawatt/hora é de R$ 189/MWh e vencerá o projeto que oferecer o maior deságio sobre o valor estabelecido. Os contratos de compra e venda de energia terão 20 anos de duração, a partir de 1º de julho de 2012, ano previsto para o início do suprimento.