Além do reajuste salarial, a categoria também reivindica o pagamento da “produtividade médica”. O mês de dezembro vai começar com um transtorno nos hospitais públicos de Teresina devida uma paralisação dos médicos em todos os hospitais do Estado e do Município.
A categoria vai cruzar os braços no dia 2 de dezembro como uma forma de chamar atenção para os baixos salários, que não sofrem reajuste há mais de três anos.
Atualmente o piso determinado pela Federação Nacional dos Médicos – FENAM é de R$ 8.200 por 20 horas semanais, no entanto, o valor pago nos hospitais públicos é de pouco mais de R$ 1.000. Uma defasagem salarial de mais de 85%.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio é consciente de que não é possível aumentar os salários de acordo com o valor estipulado pela FENAM, mas considera vergonhoso o salário pago no Piauí. O reajuste exigido pelos médicos (considerado pela categoria um valor viável de ser pago) é de, no mínimo, 30% a cada seis meses, começando a partir do primeiro semestre de 2010.
Com esse reajuste, o piso salarial pago pela Fundação Municipal de Saúde, por exemplo, passaria de R$ 1.294,43 para R$ 1.682,76. Já aqueles que possuem vínculo com a Secretaria Estadual de Saúde passariam a receber piso de R$ 1.313,00. “A categoria médica exige respeito”, enfatiza Leonardo Eulálio. A decisão pela paralisação foi tomada em Assembléia Geral com vários representantes da categoria, em que ficou definida uma paralisação de advertência para o dia 2 de dezembro e um indicativo de greve caso os gestores não ofereçam uma contraproposta satisfatória.
Além do reajuste salarial, a categoria também exige o pagamento da “produtividade médica”, que está em atraso e a existência dos chamados “espelhos” – documento que relaciona todos os procedimentos executados pelo profissional – que não está sendo devidamente apresentado por algumas unidades de saúde.