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Descoberta fraude em Concurso Público no municipio de Boa Hora

Concurso PúblicoA Promotora de Justiça da vizinha cidade de Barras, Maria do Amparo de Sousa, descobriu uma nova modalidade de fraude na realização de Concurso Público ao perceber, em procedimento instaurado em abril deste ano e concluído agora, que a Prefeitura do município de Boa Hora promoveu um Concurso Público para seu quadro de servidores públicos com vários pessoas fiscalizando as provas de seus parentes.

Em recomendação, publicada na última quinta-feira (12), a Promotora de Justiça Maria do Amparo, declarou que durante procedimento investigatório para apurar possíveis vícios e ilicitudes em concurso público ocorrido no município de Boa Hora foram constatadas diversas irregularidades cometidas pela empresa que realizou o certame público.

Segundo Maria do Amparo de Sousa, entre as irregularidades está o fato de que na relação de fiscais e coordenadores do concurso de Boa Hora existiam várias pessoas fiscalizando provas para parentes.

Ela cita os casos de Antonio Carlos Carvalho Sousa, que fiscalizou a prova de sua mulher e de seu irmão; Gilvan Rodrigues Prudêncio, que fiscalizou prova e a sua mulher, que era candidata a cargo na Prefeitura; e Maria de Fátima Rosário de Fátima Alcântara Livramento, que fiscalizou a própria filha.

“Ainda existem outros casos”, declarou Maria do Amparo de Sousa, em sua recomendação para que o prefeito de Boa Hora anule o concurso público.

Ela também apontou que as candidatas Regina Pereira Fonseca e Maria Antonieta de Sá Lima, que concorreram ao cargo de psicólogo, foram reprovadas na prova objetiva e foram as únicas candidatas classificadas na prova de títulos, onde obtiveram pontuação igual a dois pontos, cada uma, e não sendo classificadas no resultado final.

“Várias irregularidades foram constatadas, como exemplo, candidatos eliminados na prova objetiva sendo classificados na prova de títulos e no resultado final, candidatos que apresentaram vários títulos devidamente habilitados na prova objetiva e obtiveram pontuação zero e alguns sequer participaram da prova de títulos, e, ao se analisar as relações dos resultados verificou-se que vários candidatos que obtiveram pontuação menor ficaram mais bem classificados que os candidatos com maior pontuação”, concluiu a promotora de Justiça Maria do Amparo de Sousa.

Fonte: Meio Norte

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