Debater ações para melhorar a gestão de saúde do Piauí. Esse foi o ponto principal discutido durante o Encontro de Gestores Municipais de Saúde do Piauí, que aconteceu nesta sexta-feira (23) na APPM.
Segundo Gil Carlos, presidente da APPM, apesar do grave problema de financiamento é necessário que as administrações promovam mecanismos de gestão mais eficiente. “Precisamos de modelos simplificados para que os municípios possamos realizar pelo menos os procedimentos básicos. Assim, necessitamos tirar o foco da média complexidade que gera um alto custo e passarmos a realizar os serviços essências. Somente assim vamos promover uma saúde de qualidade nas cidades piauienses. Não vamos transferir responsabilidades, mas sim cumprir aquilo que nos comprometemos a realizar nas gestões dos municípios”, afirmou.
O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, durante o encontro explicou sobre o novo cronograma de repasse do cofinanciamento da saúde. “Passamos por muitas dificuldades financeiras, mas estamos trabalhando para atender as necessidades das administrações. No início da semana debitamos nas contas das prefeituras R$ 8 milhões referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Assim, ficou acordado que a partir de março vamos pagar o mês da competência atual e aquele que está em atraso. Assumimos o compromisso e vamos realizar reuniões bimestrais para discutir o andamento da política de saúde pública”, disse.
De acordo com a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), Leopoldina Cipriano Feitosa, o encontro teve como objetivo capacitar os gestores da área, para aprimoramento das atividades realizadas nos municípios. “Em 2017, tínhamos o desafio de qualificar e fortalecer os gestores que estavam assumindo as secretárias municipais. Neste ano, o papel do Cosems está fortalecido, pois temos a certeza de que o serviço público nos enxerga como ator fundamental para o provimento da saúde nos municípios”, afirmou.
Para o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Sílvio Mendes, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta dois grandes problemas que dificultam a realização dos procedimentos. “Atualmente, as gestões municipais enfrentam grandes dificuldades para obter financiamento, somado a isso temos a qualidade dos recursos humanos que comprometem de forma significativa a realização dos procedimentos essenciais”, concluiu.
ASCOM
