A Polícia Militar do Piauí colocará mil homens para fiscalizar o concurso da instituição marcado para o próximo dia 9 de julho.
O anúncio foi feito hoje (1/6) pelo comandante-geral da PM-PI, coronel Carlos Augusto, ao participar de audiência pública realizada na sala da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa para debater as fraudes ocorridas em concursos organizados pelo Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
A audiência pública foi presidida pelo deputado Wilson Brandão(PSB), presidente da Comissão de Administração Pública e Política Social, e contou com a participação do reitor da Uespi, Nouga Cardoso, do promotor Fernando Santos, representando o Ministério Público Estadual, do presidente do Nucepe, Pedro Soares, do delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, Além de vários parlamentares estaduais e do comandante da PMPI.
O deputado João de Deus (PT), líder do Governo, disse que apresentou requerimento pedindo a realização da audiência pública com o objetivo, dentre outras coisas, de discutir a preservação do concurso como uma conquista que garante um acesso justo ao emprego público. Em seguida, o reitor Nouga Cardoso disse que nunca houve vazamento de gabaritos das provas dos concursos organizados pelo Nucepe e que não há indícios de que as fraudes tenham ocorrendo dentro daquele órgão.
O presidente do Nucepe, Pedro Soares, afirmou que o Núcleo de Concursos da Uespi tem sido vítima de quadrilhas que fraudam concursos em todo país e que estão sendo adotadas medidas para evitar que os novos certames sejam prejudicados pelos fraudadores. O delegado geral Riedel Batista disse que as investigações sobre as fraudes no concurso da PMPI ainda não foram concluídas e que o Nucepe é um parceiro da Polícia Civil no combate às irregularidades.
O representante da Secretaria de Justiça, Valter Queiroz, pediu que os próximos concursos tenham a prova de redação, o que, segundo ele, contribuirá para evitar as fraudes. Já o promotor Fernando Santos concordou que a prova de redação é importante contra as irregularidades e defendeu que a Polícia Civil continue monitorando os concursos porque as quadrilhas continuarão sempre tentando fraudar os certames.
Por J. Barros