No início da semana, o governador Wellington Dias esteve reunido com o senador João Vicente Claudino, depois com o deputado federal Marcelo Castro e posteriormente com o deputado estadual Themístocles Filho.
Segundo as informações, Wellington comunicou aos três que o Palácio do Planalto está exigindo que ele permaneça no cargo para coordenar a campanha de Dilma Rousseff no Nordeste, já que o governador da Bahia, Jacques Wagner e de Sergipe, Marcelo Déda, serão candidatos á reeleição.
Pelas informações repassadas à reportagem, a chapa montada pelo Planalto seria com o senador João Vicente Claudino como candidato, tendo o Petista Antônio Neto de vice e o PMDB indicando a vaga de senador. O problema é que a montagem da chapa não observa as condições locais e a manutenção da unidade da base aliada do Governo, deixando assim Wilson Martins de fora da chapa.
Por exemplo, um dos potenciais candidatos a governador, o vice-governador Wilson Martins, fica de fora e não é contemplado com nada. Permanece na vice. O PDT e o PCdoB também não opinam em nada.
A chapa foi costurada em Brasília observando as condições para o apoio partidário a candidatura de Dilma Rousseff. Mas este filme foi visto antes como quando o então governador Hugo Napoleão e o então prefeito de Teresina Firmino Filho, que uniu o PFL e o PSDB, não deu o resultado esperado. Wellington Dias venceu a eleição no primeiro turno.
A montagem da coligação para 2010 resolve alguns problemas e cria outros. Além de fortalecer a intenção do prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, de ser candidato a governador do Estado, pelas oposições. Também facilita a corrida ao Senado. Pois, todos contavam com uma vaga já reservada para o governador Wellington Dias, pela performance nas pesquisas de intenção de votos e alta popularidade.
As informações sobre a pressão que o governador Wellington Dias estaria sofrendo para permanecer no Karnak vazou para a imprensa depois de algumas reuniões políticas no interior. O PMDB ainda discute qual o nome que pode ser candidato a senador: Marcelo Castro, que é o pré-candidato do partido ao Governo; o presidente da Assembléia Themítocles Filho ou o ex- ministro dos Transportes, João Henrique Sousa. Ou o PMDB ainda pode manter a candidatura própria, independente da articulação feita entre PTB e PT.
Fonte: Diário do Povo