“Eu estou aqui assumindo meu erro, mas não quero ser exposto como marginal”, declarou nesta terça-feira (27) o chefe de Investigação da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária do Piauí, Marcelo Pereira de Souza. Ele foi flagrado no último domingo (25) transportando uma carga de queijo sem nota fiscal para ser comercializado em Parnaíba. O policial foi abordado no posto da Polícia Rodoviária Federal quando estava em um veículo de uso exclusivo da Delegacia Tributária.
“O veículo não é oficial, ele é alugado pelo Estado. Não tem nenhum adesivo sinalizando que ele é um veículo oficial, como foi dito na denúncia. Mas eu sei que foi errado ter utilizado o carro e eu, em nenhum momento, deixei de assumir minha responsabilidade”, declarou.
O policial estava indo para a cidade de Parnaíba. Dentro do veículo foi encontrada uma quantidade considerável de queijo sendo transportada em condições insalubres. Por se tratar de sonegação de imposto, a equipe da PRF acionou a Secretaria de Fazenda que encaminhou a mercadoria apreendida para o posto da Sefaz-PI.
“Eram apenas 98 quilos de queijo, se eu fosse corrupto não ia me sujar por tão pouco. Além do queijo, eu também estava transportando outros produtos, todos com notas. Depois que fui parado, fui até o posto da Sefaz e paguei os impostos e apresentei a PRF. Eu sei que errei, principalmente pelo fato de ser policial, mas não sou nenhum bandido”, explicou Marcelo Pereira de Souza.
O policial foi afastado de suas funções na Delegacia e, segundo o delegado geral Riedel Batista, já foi instaurado um processo administrativo sobre o caso. O inquérito policial foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil que irá ficar responsável sobre o caso.
“Ontem mesmo eu apresentei um relatório na delegacia explicando tudo o que tinha acontecido, inclusive com documentos. Já justifiquei meus atos ao Delegado JJ, que é meu chefe, e vou responder aos meus atos. Estou com a consciência tranquila”, disse.
Denúncia
O policial Marcelo Pereira de Souza informou ainda que a denúncia foi feita por uma pessoa que está sendo investigada pela delegacia. Ele acredita que a pessoa estava lhe seguindo para flagrar o erro e denegrir a imagem da delegacia.
“Estamos investigando essa pessoa há um tempo, mas não vem ao caso informar sua identidade. Acredito que tenha sido planejado para tirar fotos e me filmarem na ocasião, para denegrir minha imagem e da delegacia. Lamento que tudo q fiz pelo Estado tenha sido jogado no lixo, por um erro que cometi. Mas eu assumi, reparei e estou pagando”, finalizou.
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